
Um dos biomas mais importantes do mundo é palco de debates sobre a preservação ambiental com eventos internacionais voltando os olhos para Belém e a Amazônia. Um deles acaba de chegar à Universidade Federal do Pará (UFPA).
A UFPA recebe nesta quinta-feira (3) uma importante iniciativa de educação ambiental que promete transformar a compreensão sobre mudanças climáticas na região amazônica. O Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) sedia a oficina "Mural do Clima", metodologia francesa inovadora que já impactou mais de 50 países globalmente.
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A oficina representa uma oportunidade única para a comunidade paraense conhecer e vivenciar uma metodologia internacional de educação climática, contribuindo para a formação de multiplicadores conscientes sobre a urgência das questões ambientais na Amazônia e no mundo.
A oficina ocorre das 8h às 12h no mini-auditório do NAEA, localizado no Campus Profissional da Cidade Universitária João da Silveira Neto, em Belém. A participação é gratuita e aberta tanto à comunidade acadêmica quanto ao público em geral, democratizando o acesso ao conhecimento sobre a crise climática.
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"A realização do workshop Mural do Clima em parceria com o GEAM/NAEA/UFPA significa a construção de uma ação colaborativa entre a ciência e a sociedade para a melhor compreensão da crise climática e de suas consequências para todos", explica Marilena Loureiro, professora do PPGDSTU (NAEA/UFPA) e coordenadora do GEAM.
GEAM: 27 anos de referência em educação ambiental
O Grupo de Estudos em Educação, Cultura e Meio Ambiente (GEAM), com quase três décadas de atuação, consolidou-se como principal referência em atividades de ensino, pesquisa e extensão voltadas à educação ambiental na região amazônica.
A parceria com a metodologia francesa representa um marco na internacionalização das ações educativas sobre mudanças climáticas no Norte do Brasil.
Como funciona o Mural do Clima
Baseada nos relatórios científicos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a metodologia utiliza cartas ilustradas em dinâmicas interativas de grupo.
Os participantes trabalham de forma colaborativa para compreender as causas, consequências e possíveis soluções para o aquecimento global.
Durante a atividade, facilitadores experientes orientam os participantes na construção coletiva de um mapa mental dos eventos climáticos. Ao final, o grupo reflete sobre as ações necessárias para enfrentar os desafios ambientais, transformando conhecimento científico em propostas concretas de ação.
Criado na França em 2018, o Mural do Clima já foi traduzido para mais de 40 idiomas e aplicado em universidades, escolas, ONGs, órgãos públicos e empresas ao redor do mundo. A metodologia tem como propósito central transformar o conhecimento científico complexo sobre mudanças climáticas em ação concreta e acessível.
Milhares de pessoas já participaram da dinâmica globalmente, contribuindo para uma maior conscientização sobre a urgência da crise climática e as possibilidades de enfrentamento coletivo.
Amazônia como território estratégico
A realização da oficina no NAEA integra um esforço internacional para ampliar o acesso a informações qualificadas sobre a crise climática, especialmente em territórios estratégicos como a Amazônia.
A região, considerada fundamental para o equilíbrio climático global, ganha destaque na articulação internacional de ações educativas sobre meio ambiente.
O diferencial do Mural do Clima está na abordagem participativa e colaborativa, que torna o debate sobre mudanças climáticas mais acessível sem perder o rigor científico. A metodologia consegue traduzir dados complexos do IPCC em linguagem compreensível, promovendo engajamento genuíno dos participantes.
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