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Anuário mostra queda acentuada da violência no Pará; confira

Segundo publicação, o Estado reduziu em 45% o índice de mortes violentas, incluindo homicídios, latrocínios e ataques a policiais

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Imagem ilustrativa da notícia Anuário mostra queda acentuada da violência no Pará; confira camera O Pará é destaque nos dados sobre segurança divulgados pela edição 2025 de Anuário | (Pedro Guerreiro/ Ag.Pará)

Entre 2018 e 2024, o percentual de Mortes Violentas Intencionais - somatório de ocorrências de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais - no Pará caiu quase que pela metade - 45,76%, com índice de 56,6 caindo para 29,5 (taxa por 100 mil habitantes). O feito está indicado no mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que teve sua edição 2025 lançada nesta quinta-feira, 24 de julho.

Ainda no que diz respeito aos registros paraenses, houve redução de 7,3% nas MVIs entre 2023 e 2024, e o Pará não tem nenhuma cidade entre as dez mais violentas do país. No cenário estadual, houve queda de 31,8% no número de policiais civis e militares vítimas de Crimes Letais Violentos Intencionais, em serviço e fora de serviço.

No cenário dos crimes contra o patrimônio, mais diminuição: roubos e furtos de carros tiveram queda de 11,4%, assim como os de telefone celular caíram 6,5%, inclusive com a recuperação de quase 800 aparelhos. Roubos a estabelecimentos comerciais, residências e transeuntes reduziram em 19,5%.

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Um dado muito condizente com a realidade de uma sociedade que está 24 horas conectada para tudo se refere aos índices de estelionato e estelionato por meio eletrônico, os famosos golpes de internet: do ano passado para cá, houve um crescimento de quase 150% no número de ocorrências.

Uma análise feita pelos próprios autores do Anuário avalia que esse tipo de crime, seja em cenário estadual ou nacional, desafia por completo a arquitetura institucional que organiza a Segurança Pública no Brasil, uma vez que a dinâmica criminal que a provoca extrapola limites geográficos e político-administrativos desenhados pelo pacto federativo – uma vítima de um crime digital reside em um estado, mas seus autores podem estar em qualquer outra Unidade da Federação ou, mesmo, país do mundo. “Investimentos em polícia judiciária e perícias técnicas, que poderiam aumentar a eficiência da investigação criminal e reduzir a impunidade são lateralizados e pouco priorizados”, cita o documento.

“Políticas de estado precisam continuar”

Para o sociólogo e advogado criminalista Henrique Sauma, os dados positivos sobre Segurança Pública no Pará, apontados no Anuário, são resultado direto de um conjunto de ações constantes. “Não se trata de políticas de governo, mas sim de políticas de Estado. E é o tipo de política que precisa ter continuidade”, defende.

Segundo ele, a gestão do governador Helder Barbalho (MDB), que está em seu segundo mandato, tem adotado uma estratégia integrada que deve servir de modelo para os próximos gestores. “Todas essas estratégias — que convergem para um mesmo ponto: aumento de efetivo da Polícia Militar e da Polícia Civil, melhoria na estrutura e nas condições de trabalho. E aqui estou falando de equipamentos, remuneração. Isso acaba surtindo um impacto positivo”, observa.

Henrique destaca também a centralização das informações e a criação de um sistema de comando único como pontos que fortaleceram a atuação coordenada das forças de segurança. Além do reforço nas estruturas de repressão, ele considera fundamental o investimento em políticas sociais, especialmente com programas como as Usinas da Paz. “As UsiPaz são um grande programa. Não é só estruturar quem faz o combate à violência, mas, em paralelo, investir em políticas sociais”, pontua.

Para ele, é a soma dessas ações que cria um ambiente menos propício à criminalidade. “Estamos falando não só de estrutura, mas de melhoria da qualidade de vida e acesso a políticas públicas de inclusão. Temos novas escolas entregues, valorização do professor, pagamento do piso salarial. É um conjunto de ações ligadas ao tema da segurança pública”, explica.

Ele acrescenta que essas medidas também envolvem obras estruturantes em áreas vulneráveis. “A gente está falando também de obras que resgatam a dignidade de quem mora em áreas de vulnerabilidade social, e também da presença da polícia nesses lugares”, diz.

Ao citar intervenções como drenagem, iluminação pública, pavimentação asfáltica, escolas funcionando e coleta regular de lixo, Henrique afirma que esses elementos têm impacto direto no enfrentamento ao crime.

Para ele, essas mudanças levaram o Pará a deixar de ser um polo atrativo para a atuação do crime organizado. “É óbvio que, quando falamos em criminalidade nacional, organização criminosa, há tentáculos em todos os estados. Mas também é preciso entender que, nos estados onde a repressão é maior, onde o espaço de atuação dessas organizações diminui por ação pública, dos governos, cria-se um espaço inconveniente para atuação deles. E eles acabam migrando para outros lugares em que a vigilância, segurança e atuação social sejam menores. Que tenha mais clima para eles poderem atuar”, avalia.

Por isso, reitera que essas políticas precisam ser permanentes. “Essas ações são para muitos anos. Não são de governo — são de Estado. Vai ficar um legado aqui para que os próximos governantes entendam que estas ações tomadas conseguiram redução significativa de criminalidade e inclusão social. Se isso deu certo, não há razões para não dar continuidade”, sustenta.

Ele também aponta que o aumento da população carcerária no estado reforça a ideia de que o sistema de justiça tem funcionado de forma integrada. “Significa que as polícias Militar, Civil e Judiciária estão atuando juntas. Essa atuação conjunta manda um recado: não haverá espaço para esse tipo de conduta. Vai haver prisão, processo, condenação e pena — se houver provas. No Pará, não vai haver criminalidade solta e impune”, conclui.

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