
A capital paraense acaba de se tornar mais uma cidade brasileira a implementar a Faixa Azul, sinalização viária exclusiva para motociclistas que tem revolucionado a segurança no trânsito em diversos municípios.
Belém já conta com 5 km de Faixa Azul na Avenida Pedro Álvares Cabral, que funciona como um projeto-piloto voltado para o tráfego em geral na capital, além de proteger a grande frota de motociclistas na região. A faixa é exclusiva para esse público durante todo o dia.
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A ação faz parte dos planejamentos do programa "Belém em Ordem", com foco na melhoria do fluxo de trânsito e na garantia de maior segurança para condutores e passageiros em geral.
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A escolha da Avenida Pedro Álvares Cabral como via piloto não foi casual. Por tratar-se de um dos principais corredores viários de Belém, com alto fluxo de motociclistas, a avenida é apontada com um potencial significativo para demonstrar os benefícios da faixa azul na realidade amazônica.
Resultados concretos em grandes cidades
São Paulo: pioneirismo com resultados positivos
O exemplo que inspirou Belém vem de São Paulo, onde a faixa azul resultou em uma redução de 47,2% nas mortes de motociclistas nos trechos onde foi implementada.
Segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o número de óbitos caiu de 36 em 2023 para 19 em 2024. A capital paulista, pioneira na implementação desde 2022 com a primeira faixa na Avenida 23 de Maio, hoje conta com:
- 232,7 km de faixa azul;
- 46 vias contempladas;
- 500 mil motociclistas beneficiados diariamente.

Localizada na Região Metropolitana de são Paulo, Santo André demonstra como a faixa azul transformou a realidade local a partir dos seguintes dados:
- Aumento do fluxo seguro de 7.200 para 10.200 motocicletas por dia;
- Redução drástica de óbitos;
- Expansão é planejada de 8,4 km atuais para mais 62 km.
Já São Bernardo do Campo implementou 9,2 km em avenidas estratégicas como Lions e 31 de Março, já apresentando indícios promissores de redução nos acidentes fatais.
Por que a Faixa Azul chegou a Belém?
Belém, como muitas capitais brasileiras, possui uma frota significativa de motocicletas que representam uma solução de mobilidade econômica e eficiente para a população.
A implementação da faixa azul reconhece essa realidade e busca proporcionar:
- Segurança específica para este modal de transporte;
- Organização do trânsito com fluxos definidos;
- Redução de conflitos entre diferentes tipos de veículos;
- Melhoria da qualidade de vida urbana.
Regulamentação e perspectivas
A faixa azul opera em caráter experimental, autorizada pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). A regulamentação definitiva pelo Código de Trânsito Brasileiro está prevista para 2026.
Atualmente, as cidades autorizadas a implementar o corredor exclusivo para motos são:
- São Paulo (SP);
- Santo André (SP);
- São Bernardo do Campo (SP);
- Salvador (BA);
- Belém (PA).
A capital pernambucana Recife está em avaliação para a utilização da medida em sua região metropolitana.
Além disso, o Governo Federal estuda a obrigatoriedade da faixa azul em todo o país a partir de abril de 2026. Belém se posiciona estrategicamente como referência na região Norte, podendo influenciar outras capitais amazônicas.
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