Fatos marcantes: relembre a transição papal após a morte do Papa Francisco

Em 21 de abril deste ano, a Igreja Católica mundial experimentou o luto pela morte do Papa Francisco, cujo pontificado de 12 anos deixou marcas profundas e foi amplamente reconhecido por sua capacidade de tocar os corações e iniciar mudanças.

Francisco partiu no mesmo dia em que faleceram três grandes personagens brasileiros – um histórico, o Alferes Tiradentes, um dos líderes da Inconfidência Mineira, lembrado como um mártir da independência do Brasil; Tancredo Neves, primeiro civil eleito presidente após o regime militar, que antes de tomar posse; e Ayrton Senna, piloto de Fórmula 1 das décadas de 1980 e 1990, considerado o maior ídolo nacional do automobilismo.

Em comum, as despedidas foram marcadas por muita comoção entre os brasileiros. Maior comunidade católica do mundo, o Brasil abriga o maior número de católicos em termos absolutos, com mais de 182 milhões de fiéis, representando 13% do total de católicos no mundo, segundo dados do Vaticano.

Por todas essas coincidências, a morte de Francisco marcou profundamente os corações dos brasileiros, em especial, dos paraenses. No Pará, a comunidade católica abrange diversas congregações e movimentos, com destaque para a Igreja Católica, com 54,35% da população do Pará, sendo o maior percentual entre os estados da região. Além disso, a região abriga a Catedral Metropolitana de Belém, um importante centro religioso.

Quer ler mais notícias do mundo? Acesse o nosso canal no WhatsApp!

O Papa Francisco foi o primeiro latino-americano e jesuíta a ocupar o cargo, e por sua formação, buscou uma Igreja mais próxima dos pobres e com maior diversidade. Considerado um líder humanitário, Francisco demonstrou um forte compromisso com a justiça social, a defesa dos pobres e a promoção do diálogo inter-religioso. Sua abordagem pastoral e social, focada nos mais vulneráveis, rompeu com tradições e trouxe uma nova visão para a Igreja Católica.

A sucessão papal após a morte do Papa Francisco seguiu o protocolo estabelecido pela Igreja Católica. O processo envolveu o período de “Sé Vacante”, onde o governo da Igreja é confiado ao Carmelengo, que tem a função de convocar o Conselho dos Cardeais e supervisionar o conclave, o processo de escolha do novo papa.

O conclave de 2025 começou em 7 de maio e, em menos de duas semanas, o cardeal Robert Francis Prevost-OSA foi eleito papa Leão, um nome escolhido para evocar o legado de Leão XIII e sua encíclica Rerum Novarum, que foi uma resposta da Igreja Católica ao fortalecimento do liberalismo e do capitalismo monopolista na Europa.

Leão XIV é o primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos. A eleição de Leão XIV, amigo próximo de Francisco, sugere uma continuidade nas iniciativas do pontificado anterior, com foco na abertura, diálogo e missão. Prevost, um agostiniano, é considerado um reformista dentro da Igreja, com um estilo metódico e próximo ao pontificado anterior.

Prevost é conhecido por sua atuação missionária no Peru, onde foi bispo de Chiclayo e adquiriu fluência em espanhola e a cidadania peruana. Ele é descrito como uma pessoa de espiritualidade contemplativa e um líder com um estilo metódico, que busca ouvir e analisar antes de tomar decisões. Em seu discurso de posse, Leão XIV enfatizou a importância da paz e da Igreja como lugar de acolhimento e missão.

No dia 3 de agosto, o Papa Leão XIV participou de um evento, em Roma, que reuniu milhares de jovens ao longo da semana para um festival de fé, música e serviços religiosos que reuniu grupos de adolescentes e jovens adultos de todo o mundo cantando canções, agitando bandeiras nas ruas e acampando em enormes armazéns nos arredores da cidade.

Durante a celebração dos jovens, Leão fez melhor uso de seus idiomas, alternando entre espanhol, inglês e italiano, e eletrizou a multidão, que foi à loucura quando Leão fez uma aparição surpresa após a missa de boas-vindas. “Vocês são a luz do mundo!”, disse ele em inglês, sob aplausos calorosos.

Para saber mais, acesse a edição eletrônica do jornal Diário do Pará