
Segundo o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), até maio de 2025 a frota registrada no Pará foi de 770.805 automóveis e 1.247.714 motocicletas. Assim, a frota sobre duas rodas é 61% maior que a de outros veículos. Em 2024, o número de automóveis registrados marcava 761.759, e o de motocicletas foi 1.216.124 unidades. Comparado o número total de 2024 com o registrado pelo Detran até maio deste ano, o número de motocicletas registradas teve alta de 2,5%.
Os dados paraenses refletem o crescimento da frota nacional de motocicletas, que aumentou 42% no período de uma década, de 2015 a 2024, ano em que o total de veículos motorizados de duas rodas atingiu mais de 33 milhões no País, conforme dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
O agente de portaria Jefre Avelar, 53 anos, utiliza o veículo para movimentar-se pela cidade de Belém. Para ele, as motos conseguem se deslocar mais rapidamente em meio ao tráfego, principalmente em horários de pico, o que permite a ele economizar tempo com trânsito. Avelar também destaca que as motos consomem menos combustível do que os carros, o que pode gerar uma economia significativa a longo prazo.
“Eu abasteço 40 reais e, dependendo de quanto eu ando nela, posso ficar até 15 dias sem abastecer”, explica o motociclista. Além da maior agilidade no trânsito e economia com combustível, o agente de portaria destaca também a facilidade de estacionamento que o veículo proporciona. “As motos permitem que a gente estacione em espaços menores, o que é uma vantagem em áreas com poucos estacionamentos”.
O autônomo Gerson Silva, 25, utiliza o veículo para trabalhar como motorista de aplicativo de mobilidade urbana aos finais de semana. Ele também ressalta que a motocicleta é um veículo mais rápido e econômico e que o valor de compra é mais acessível do que adquirir um carro. “Com 20 reais dá para andar 100 quilômetros”, diz.
Além destas colocações, Silva comenta que a manutenção de uma moto é mais em conta do que a de um carro, o que torna a motocicleta a opção mais acessível para muitas pessoas. “Pela cidade a gente observa que está crescendo muito o número de motos. Eu considero melhor andar nela, principalmente pela questão da praticidade, assim como economia com tempo gasto no trânsito.”

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MERCADO
O mercado das motocicletas comemora. De acordo com Ecicleia Gato, gerente de vendas há 10 anos da Mônaco Motocenter, concessionária especializada no ramo das motocicletas, a procura pelos veículos se intensificou a partir da pandemia, com as restrições sanitárias impostas pela pandemia. “Desde então, o público veio em busca das motos para não depender mais de transporte público e ter autonomia quanto a isso”, explica a gerente.
O grupo atende a Região Metropolitana de Belém e cidades próximas do interior. A depender do mês, são vendidas cerca de 1.500 motocicletas. “Algo interessante também é que as mulheres têm cada vez mais se interessado pelas motos, seja como fonte de renda ou deslocamento”, ressalta Ecicleia.
Em números
Brasil
- Conforme a última atualização divulgada pela Abraciclo, em 2023 eram 33.064.113 motos em circulação, um aumento de 4,58% comparado com o ano de 2022, quando foram registradas 31.614.827 de motocicletas transitando pelo País. Ainda de acordo com a Abraciclo, o Brasil produziu 1,74 milhão de motocicletas em 2024, registrando aumento de 11% comparado com o ano anterior, com 1,57 milhão de motos produzidas no Brasil em 2023.
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