
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), analisando dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), informou que o setor de alimentação fora do lar encerrou o primeiro semestre de 2025 com saldo positivo de 33.556 empregos formais. Os dados foram divulgados no início desta semana pelo Governo Federal. O desempenho acompanha o ritmo de crescimento do setor de serviços, que foi o maior gerador de postos de trabalho no período, com 643.021 novas vagas.
No entanto, segundo a Abrasel, os altos índices de informalidade no setor, atualmente em 41%, ainda preocupam a entidade. No Pará, o assessor jurídico do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, Fernando Soares, explica que a formalização no setor deve aumentar no Estado neste segundo semestre.
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“A gente tem uma ideia de que, a partir de setembro, vão haver muitas contratações. Porque tem o Círio, em seguida a COP e, depois, as festas de final de ano. Então não dá para você ficar com uma pessoa avulsa, contando se ela veio ou não trabalhar. A gente acredita que vai haver a formalização de muitos empregos nesse período em várias categorias econômicas representadas pelo sindicato”, avalia Soares.
“Você precisa garantir um corpo de funcionários para atender a demanda. Além do que, muitas empresas novas, principalmente meios de hospedagem, estão se instalando na cidade. Então isso gera muito emprego. A expectativa é muito boa, a melhor possível”, completa.
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INFORMALIDADE
Ele concorda que o nível de informalidade no setor ainda é alto, mas explica que a carga tributária prejudica a formalização de todos os empregados. “A gama de impostos se torna um entrave muito grande para formalizar algumas empresas. Se você vende, por exemplo, cerveja no isopor, na Doca, como ambulante, você não paga impostos. Paga na aquisição, mas não paga na venda. Na empresa formal, paga-se na aquisição e na venda. Isso se torna um entrave”, afirma Soares, que também elenca problemas logísticos como empecilho para o crescimento dos postos formais.
AQUECIMENTO
Quem vive o dia a dia dos bares e restaurantes já sentiu um 2025 aquecido no consumo em Belém. “Comparado com o ano passado, houve uma melhora de uns 10% no movimento desse primeiro semestre”, estima Reinaldo Barbosa, gerente e sócio de um restaurante.
“Não fizemos contratações neste primeiro semestre, focamos em treinar o nosso time, mas é inevitável: a partir de setembro já vamos incrementar o nosso quadro”, completa. Segundo ele, a operação hoje conta com 48 funcionários e deve subir para cerca de 60 ao longo do resto do ano.
Patrick Moraes, gerente de um bar e restaurante da capital, afirma que o estabelecimento já está operando em fase de alta temporada. “Só aqui eu tenho 39 funcionários no atendimento, mas a empresa toda já passa de 100. No segundo semestre, a perspectiva é de aumentar esse quadro, a gente vai reforçar”, informa.
O gerente acrescenta que também sentiu o movimento atípico neste ano. “Agora no mês de agosto está sendo diferente dos outros anos. Geralmente, por conta de julho, o mês de agosto dava uma queda no movimento, e só aumentava em setembro ou outubro. Este ano, não. Julho, por conta só dos 15 dias de férias, teve um movimento de médio para bom e agora, em agosto, realmente deu uma puxada muito boa para cima”, completa Moraes.
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