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INVESTIGAÇÃO EM ANDAMENTO

Ex-delegado assassinado estava na mira de facção criminosa, aponta documento

Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado da Polícia Civil de SP, foi assassinado em emboscada. Investigações revelam plano do PCC para matá-lo, com detalhes chocantes.

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Imagem ilustrativa da notícia Ex-delegado assassinado estava na mira de facção criminosa, aponta documento camera Novas informações divulgadas recentemente revelam detalhes importantes sobre o caso. | Divulgação/Polícia Civil de SP

Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo e com 63 anos, foi assassinado a tiros na noite de segunda-feira (15), em uma emboscada em Praia Grande, onde atuava como secretário de Administração há dois anos. No entanto, novas informações divulgadas recentemente revelam detalhes importantes sobre o caso.

Documentos obtidos pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (21), indicam que o plano para assassinar Fontes estava sendo articulado há meses, revelando que ele já era um alvo direto do Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a reportagem, um dos veículos utilizados no ataque circulava pela região um mês antes do crime, reforçando a tese de que a emboscada foi cuidadosamente planejada.

As investigações apontam que as ordens para executar as autoridades vinham de dentro dos presídios. “Não saíram bilhetes ou cartas da Penitenciária Federal. O que saíram de lá foram ordens verbais codificadas, transmitidas por meio de advogados e familiares, não apenas de presos da cúpula, mas de outros detentos que conviviam com ela na mesma unidade prisional”, afirmou o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Um dos documentos mencionava explicitamente o nome de Ruy Fontes.

O promotor Gakiya também revelou uma conversa com o próprio Fontes, na qual ele comentou a preocupação com sua segurança: "Ele me disse: 'Doutor Lincoln, o senhor está mais tranquilo porque está muito bem protegido pela sua escolta. Eu, como aposentado, não tenho esse direito'".

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Quem era Ruy Fontes

A carreira de Ruy Fontes foi marcada pela luta contra o crime organizado, especialmente o PCC. Ingressou na Polícia Civil de São Paulo nos anos 1980 e, em 1999, liderou a prisão de Marcos Willian Camacho, o Marcola, que se tornaria o líder máximo da facção criminosa. Em 2019, já como delegado-geral, Fontes determinou a transferência de 22 líderes do PCC para presídios federais de segurança máxima. Meses depois, comandou a prisão do grupo conhecido como “Bonde dos 14”. Durante uma audiência sobre o caso, Fontes revelou que seu nome estava em uma lista de alvos do PCC.

"Policiais realizaram uma investigação e descobriram que havia, dentro do PCC, uma ordem para matar algumas autoridades, e o meu nome estava entre elas", relatou o delegado.

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Fontes permaneceu no cargo até 2022 e se aposentou no ano seguinte, mas as ameaças contra sua vida não cessaram, culminando na emboscada fatal que chocou a sociedade e a polícia paulista.

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