Agora Tem Especialistas: hospitais particulares passam a atender pelo SUS

Dois hospitais de Belém — o Beneficente Portuguesa e o Cynthia Charone — aderiram ao programa Agora Tem Especialistas, iniciativa do governo federal que amplia o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) em parceria com instituições privadas e filantrópicas. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (3).

Com a adesão, os hospitais se somam a outros oito estabelecimentos de saúde em sete estados que vão oferecer serviços complementares à rede pública. O objetivo é reduzir o tempo de espera para consultas, exames e cirurgias em áreas como oncologia, cardiologia, ortopedia, ginecologia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

Investimentos anunciados para o Pará

Durante evento virtual com os hospitais credenciados, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou R$ 240 milhões em investimentos para a saúde do Pará. Segundo ele, os recursos serão destinados à ampliação de serviços, compra de equipamentos e credenciamento de novas unidades.

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Do total, R$ 200 milhões começarão a ser aplicados em novembro, sendo R$ 108 milhões voltados especificamente ao programa Agora Tem Especialistas, com foco em cirurgias, exames e tratamentos como braquiterapia. Outros R$ 57,6 milhões por ano vão financiar novos serviços habilitados para a rede, enquanto R$ 30 milhões serão utilizados para a aquisição de três aceleradores lineares, destinados ao tratamento de câncer no estado.

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Hospitais participantes em todo o país

Entre as instituições que aderiram ao programa estão três hospitais privados: Cynthia Charone (Belém-PA), Francisco Hospital e Maternidade/Neotin (Niterói-RJ) e Santa Terezinha (Sousa-PB). Outros sete são filantrópicos: Santa Casa de Recife e Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (PE), Santa Casa de Sobral e Santa Casa de Fortaleza (CE), Santa Casa de Porto Alegre (RS), Beneficente Portuguesa (Belém-PA) e Instituto de Oncologia e Ciências Médicas/Feluma (MG).

Modelo de troca de dívidas

O Agora Tem Especialistas permite que hospitais participantes recebam até R$ 2 bilhões por ano em créditos financeiros, utilizados para abater dívidas federais vencidas ou a vencer. Em troca, passam a ofertar serviços ao SUS em áreas consideradas prioritárias.

De acordo com o Ministério da Saúde, já existem 190 manifestações de interesse de hospitais privados e filantrópicos em todo o Brasil. A avaliação considera a capacidade técnica das unidades e a compatibilidade da oferta com as demandas da rede pública em estados e municípios.