O Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) rejeitou o recurso apresentado pelo ex-deputado federal Wladimir Costa e manteve, de forma unânime, sua condenação por violência política de gênero e extorsão contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB). A decisão confirma a sentença de 2024, que condenou Wladimir a 12 anos de prisão pelos crimes de violência política de gênero, extorsão, injúria e difamação. O colegiado considerou o recurso da defesa meramente protelatório e aplicou multa, além de reforçar que o ex-parlamentar permanece inelegível com base na Lei da Ficha Limpa.
Segundo o processo, Wladimir foi responsabilizado por uma série de ataques misóginos contra a deputada Renilce Nicodemos, realizados principalmente pelas redes sociais e transmissões ao vivo. As investigações apontam que o ex-deputado também exigia vantagens financeiras para cessar as ofensas públicas. O comportamento foi classificado pela Justiça como “violência política de gênero”, um crime que visa coagir ou intimidar mulheres em razão de sua atuação política, e que passou a ser combatido com mais rigor após mudanças recentes na legislação eleitoral.
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A decisão do TRE-PA reforça o entendimento de que a violência política contra mulheres não será tolerada e mantém Wladimir Costa fora do cenário eleitoral, uma vez que sua condenação o torna inelegível até o cumprimento total da pena – 12 anos – e o fim do prazo previsto pela Lei da Ficha Limpa. Para a Justiça Eleitoral, o caso serve como exemplo da aplicação concreta da legislação contra práticas que, durante muito tempo, foram vistas apenas como “ofensas políticas” ou “exageros de campanha”.
Wladimir Costa: Passado Polêmico e Condenação Recente
Wladimir Costa, conhecido pelo estilo performático e pelas polêmicas durante sua passagem pela Câmara dos Deputados, volta ao noticiário agora não pelos gestos espalhafatosos que marcaram sua trajetória, mas por um caso judicial que põe em xeque seu futuro político. Ex-radialista e empresário da comunicação, Wladimir já havia ganhado notoriedade por ações inusitadas — como jogar confete no plenário e tatuar o nome do então presidente Michel Temer no ombro, durante o auge da crise política de 2017. Também ficou conhecido por sua retórica agressiva e por desafiar adversários publicamente.
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Com essa última decisão do TRE, o ex-deputado soma mais uma derrota nos tribunais e vê cada vez mais distante a possibilidade de retornar à vida pública. O episódio evidencia uma mudança de postura nas instituições eleitorais, que passam a adotar uma interpretação mais firme sobre o que significa respeito, decoro e igualdade de gênero no campo político.
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