A ofensiva contra o crime organizado no Pará ganhou novo capítulo nesta semana, com uma grande operação deflagrada pela Polícia Civil entre os dias 3 e 7 de novembro. A ação teve como objetivo cumprir mandados de prisão preventiva contra integrantes de facções criminosas investigadas por envolvimento direto em ataques e ameaças a agentes da segurança pública.
Ao todo, nove pessoas foram presas durante a operação, que envolveu várias forças de segurança. O trabalho foi conduzido de forma conjunta pela Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), Divisão de Homicídios (DH), Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Pará (FICCO/PA), que reúne a Polícia Civil, a Polícia Federal e a Secretaria de Administração Penitenciária, além do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado.
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De acordo com o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Temmer Khayat, os presos ocupavam funções estratégicas dentro da estrutura das facções. Dois deles, localizados em Curuçá (PA) e Goiânia (GO), eram apontados como “idealizadores de missões”, responsáveis por planejar e coordenar atentados contra agentes públicos. Outros dois foram capturados em Belém e Anápolis (GO), também ligados ao grupo criminoso.
O Núcleo de Inteligência Policial (NIP) teve papel fundamental nas diligências, monitorando e rastreando os alvos em diferentes estados. As equipes localizaram outros quatro investigados, em Belém, Santa Izabel do Pará, Gama (DF) e Brejaru (SC), que ocupavam cargos como “torre”, “conselheiro rotativo”, “orientadora geral” e “conselheiro de missões”.
Segundo o promotor do Gaeco, Danyllo Maués, esses integrantes fazem parte da alta cúpula da facção, responsáveis por autorizar e ordenar ataques e extorsões. Entre os presos está um homem em Santa Catarina, investigado por ter ordenado pichações em muros no bairro da Cabanagem, em Belém, como forma de afirmar o domínio da facção.
A ordem, segundo a investigação, partiu do Sul do país e gerou grande repercussão na época. “O combate a esses grupos é permanente e sistemático. Essa operação se conecta a prisões anteriores e a ações realizadas em outros estados, inclusive no Rio de Janeiro”, destacou o delegado Temmer Khayat.
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Os nove presos foram encaminhados às delegacias dos locais onde foram encontrados, passaram por todos os procedimentos legais e permanecem à disposição da Justiça.
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