A primeira Central Pública de Reciclagem de Resíduos Orgânicos de Belém será inaugurada nesta sexta-feira, (21), às 10h. Localizada na sede da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis (Concaves), a unidade conta com uma composteira de grande porte com tecnologia da Igapó, startup dedicada ao tratamento eficiente e ambientalmente responsável de resíduos orgânicos.
A Igapó foi selecionada pelo Global Methane Hub, em parceria com o Instituto Pólis, para construir e instalar o equipamento com capacidade de processar até cinco toneladas de resíduos orgânicos por dia, totalizando cerca de 180 toneladas ao longo da COP 30. A composteira ficará na cidade como legado da Conferência. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (SEZEL), e o Governo do Estado, com SEMAS e SEBRAE, também são parceiros da iniciativa.
"Esta é uma oportunidade histórica para mostrarmos o potencial da compostagem como alternativa sustentável e economicamente viável”, destaca o fundador e CEO da Igapó, Artur Ferrari, em Belém desde o final de outubro para acompanhar todo o processo.
Tecnologia própria e patenteada pela Igapó, a composteira trata resíduos orgânicos em duas etapas: compostagem termofílica (alta temperatura) e vermicompostagem (ação de minhocas). O sistema é totalmente mecanizado, desde a parte do tambor rotativo até a vermicompostagem, o que facilita o processo de transformar o resíduo em adubo orgânico de alta qualidade, reduzindo o envio a aterros e possibilitando a concretização da economia circular. Ela pode ser construída em módulos de acordo com a quantidade de resíduos a serem tratados.
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Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o País gerou 77,1 milhões de toneladas de resíduos urbanos em um ano, cerca de 380 quilos por habitante. Grande parte desse volume ainda vai para aterros, quando poderia ser reaproveitado localmente.
Ferrari lembra que cada tonelada tratada representa menos emissões e mais consciência coletiva. “Esta iniciativa simboliza o avanço de um novo modelo: o da valorização dos resíduos e da economia circular”, finaliza o engenheiro ambiental.
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