Dezembro marca oficialmente a transição para o período úmido no Brasil e abre o caminho para o verão climatológico. Em 2025, essa virada ganha relevância ainda maior com a combinação de fenômenos atmosféricos que devem reforçar o volume de chuva em quase todas as regiões do país. O solstício de verão — dia mais longo do ano e que marca o início da estação, que acontece no dia 21 de dezembro, às 12h03, pelo horário de Brasília — aumenta as horas de insolação e intensifica o aquecimento natural do ar, criando o ambiente típico da estação.
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Mas, neste ano, o comportamento da atmosfera revela um cenário específico: mesmo com o La Niña ainda atuando, embora mais fraco, fenômenos intramensais como a Oscilação Madden-Julian e a Oscilação da Antártica serão determinantes na organização dos corredores de umidade. A expectativa é de que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) se forme já na primeira semana do mês, reforçando tempestades frequentes e volumes de chuva acima da média em grande parte do território brasileiro — especialmente na Região Norte.
Região Norte
A Região Norte será uma das áreas mais impactadas pelo padrão úmido de dezembro. A combinação entre calor amazônico, corredores de umidade e influência da ZCAS deve resultar em chuvas acima do normal na maior parte dos estados.
A tendência de temperatura também segue o ritmo da precipitação:
- Fica abaixo da média em Tocantins, grande parte do Pará, centro-oeste e sul do Amapá, extremo norte de Roraima e áreas de Rondônia.
- Fica próxima da média no Amazonas e no sul do Pará.
- Fica acima da média no litoral do Pará e do Amapá, além do extremo noroeste do Amazonas, onde a sensação térmica será mais elevada.
Em relação à chuva, o predomínio é de volumes elevados, reforçados por sistemas convectivos persistentes. Tocantins, Amapá (exceto leste), Roraima (norte) e grande parte do Pará devem receber acumulados bem acima da climatologia. Exceções ficam por conta do Acre, do leste do Amazonas e do oeste do Pará, onde a precipitação será menor do que o normal para dezembro.
Região Sul
No Sul do Brasil, dezembro será marcado por temperaturas um pouco abaixo da média no Paraná e em Santa Catarina, com alguns episódios de frio atípico trazidos por frentes frias. No oeste da região e no Rio Grande do Sul, o comportamento térmico muda e alguns picos de calor são esperados. A chuva, porém, deve ficar abaixo do normal na maior parte do território, com exceção do extremo norte do Paraná, onde fica próxima da média.
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Região Sudeste
O Sudeste terá um mês de dezembro com temperaturas abaixo da média, influenciadas por céu encoberto e precipitação frequente. A formação de vários corredores de umidade e da ZCAS deve garantir chuva acima do normal, com potencial para episódios de forte intensidade, alagamentos e deslizamentos de encostas. O centro-oeste de São Paulo é a área com maior probabilidade de registrar picos de calor acima da média.
Região Centro-Oeste
O Centro-Oeste acompanha o comportamento úmido previsto para dezembro. A presença constante de nebulosidade mantém as temperaturas um pouco abaixo do normal na maior parte da região, com exceção do Pantanal e do norte de Mato Grosso, onde a média se mantém. A chuva será frequente e volumosa, especialmente em Goiás e no leste de Mato Grosso. Apenas o extremo sul do Mato Grosso do Sul deve registrar acumulados um pouco abaixo do esperado.
Região Nordeste
No Nordeste, a marca do mês será o calor intenso, com temperaturas acima da média na maioria das áreas, especialmente no Sertão e no Piauí, onde as máximas podem chegar aos 40 °C. Já a chuva será irregular: dentro da média na faixa que vai do Ceará a Alagoas; abaixo da média em Sergipe e em áreas do nordeste e centro-leste da Bahia; e acima da média no Piauí, Maranhão, oeste e centro-oeste da Bahia e no noroeste do Ceará.
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