Referência técnica no setor portuário e hidroviário da Amazônia, o engenheiro civil paraense Flávio Acatauassu tornou-se, nos últimos dias, o centro de um episódio que reacendeu o alerta sobre bebidas adulteradas no Brasil. Presidente da Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport) desde 2020, Acatauassu é amplamente reconhecido por sua atuação em áreas estratégicas da logística e infraestrutura da região.
Formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pós-graduado em Pontes, ele já ocupou cargos como chefe de Operações da AHIMOR, servidor do DNIT em Brasília, gerente no Consórcio Belo Monte e diretor financeiro da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará.
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Essa trajetória consolidada, no entanto, foi interrompida por um episódio grave: uma intoxicação por metanol após o consumo de um uísque importado adquirido lacrado em um supermercado no centro de Belém, segundo informação divulgada pelo colunista Mauro Bonna.
O caso só ganhou contornos mais alarmantes quando o laudo do laboratório Paulo Azevedo confirmou que a bebida estava adulterada com metanol — substância proibida para consumo humano e capaz de provocar danos severos à saúde. Após passar mal, Acatauassu foi levado ao hospital, onde recebeu atendimento médico e atualmente se recupera. Ele aguarda que o estabelecimento finalize o rastreamento do lote, etapa fundamental para identificar como a contaminação ocorreu.
A situação abre caminho para uma possível disputa judicial, já que o engenheiro pode acionar a empresa responsável pela venda do produto. Especialistas lembram que, mesmo quando lacrados, itens podem ser adulterados em etapas anteriores da cadeia de distribuição, reforçando a importância de uma rastreabilidade rigorosa e fiscalização eficiente.
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Aumento de casos e alerta nacional
O episódio se soma a um cenário preocupante. Em 2025, os casos de intoxicação por bebidas adulteradas cresceram no Brasil, com maior concentração em São Paulo, mas também com registros em outras regiões. Autoridades sanitárias e órgãos de defesa do consumidor recomendam atenção redobrada: observar selos, procedência, aparência da embalagem e, mesmo assim, considerar que produtos aparentemente íntegros podem ter sido contaminados.
A intoxicação de uma figura de grande relevância no setor logístico amazônico reforça que o problema ultrapassa fronteiras sociais e econômicas — e reforça um alerta que vale para todos os consumidores.
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