Em um episódio que chama atenção para a segurança de motoristas de aplicativo, uma profissional foi agredida após se recusar a transportar um número excessivo de passageiros na madrugada do último domingo (14), em Belém. A situação ocorreu quando a motorista, respeitando as normas do aplicativo e a legislação de trânsito, negou-se a levar cinco pessoas, incluindo duas crianças, no veículo.
Segundo relatos da vítima, ela só percebeu o total de passageiros ao abrir a porta do carro. "Eu não levo excesso, principalmente crianças em excesso. Além de ser perigoso e contra a lei, poderia resultar em multa", explicou. Ao tentar cancelar a corrida, a motorista foi abordada pelo passageiro, que começou a filmá-la e, em seguida, agiu de forma agressiva, desferindo um soco no rosto dela através da janela do carro.
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A situação rapidamente se tornou agressiva. "Ele veio na minha janela e me deu um soco. Eu estava sentada no carro, no volante, e fiquei tonta", contou a vítima. Após a agressão, o homem fugiu, mas ela conseguiu persegui-lo e acionou a Polícia Militar, que ajudou na condução do suspeito à Delegacia de Polícia Civil.
A motorista identificou o agressor como um educador da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ela criticou a postura do homem. "A gente espera que ele tenha discernimento de tratar uma situação como essa de outra forma e não assim, desse jeito", disse.
O advogado da vítima ressaltou que, apesar da gravidade, o caso não se enquadrava na Lei Maria da Penha por não haver relação afetiva entre os envolvidos. "Ela foi uma mulher de bravura, que conseguiu interceptar o agressor e teve o apoio da Polícia Militar. Agora, serão tomadas medidas administrativas e civis", explicou o defensor.
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O caso evidencia os riscos enfrentados por motoristas de aplicativo e reforça a importância do cumprimento das normas de segurança. A universidade foi comunicada sobre a conduta do educador, que pode responder a processo administrativo interno.
Assista a reportagem:
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