Trânsito intenso trava saída de Belém na antevéspera do Ano Novo

Quando o calendário se aproxima dos últimos dias do ano, Belém entra em um ritmo conhecido: malas prontas, despedidas apressadas e a expectativa de celebrar a virada em outros cenários. Entre praias, vilas e cidades do interior, a saída da capital ganha força e transforma rodovias e terminais em retratos vivos da tradição paraense de buscar novos ares no Réveillon.

Na manhã desta terça-feira (30), antevéspera da virada do ano, a movimentação de saída já era intensa, especialmente na BR-316, principal via de acesso aos destinos mais procurados. Mosqueiro, Salinas, Marudá e Algodoal estão entre os favoritos de quem decidiu pegar a estrada, mas o caminho exige paciência: o trânsito apresenta longos congestionamentos na saída de Belém, reflexo do aumento expressivo no número de veículos desde as primeiras horas do dia. O fluxo começou a se normalizar apenas por volta do meio-dia. No entanto, a expectiva é de que volta a se intensificar nas próximas horas.

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PASSAGENS MAIS CARAS

Para quem optou pelo transporte rodoviário, a viagem também pesa mais no bolso neste fim de ano. Um levantamento do Dieese aponta aumento médio de 15% nos preços das passagens intermunicipais com saída do Terminal Rodoviário de Belém. Destinos tradicionais do litoral e do interior registram valores elevados, acompanhando a alta demanda típica do período.

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Passagens para Bragança e Salinópolis giram em torno de R$ 92,15, enquanto Cametá aparece com preços próximos de R$ 107,29. Capanema registra valores em torno de R$ 68,03 e Castanhal mantém tarifas mais acessíveis, cerca de R$ 14,00. Capitão Poço tem passagens próximas de R$ 75,00, enquanto Colares e São Caetano de Odivelas ficam em torno de R$ 35,00. Já Marudá registra valores próximos de R$ 60,00 e Vigia cerca de R$ 30,00.

Em trajetos mais longos, o impacto no orçamento é ainda maior. Viagens para Marabá variam entre R$ 175,00 e R$ 330,00, Paragominas apresenta preços entre R$ 120,00 e R$ 160,00, e Tucuruí registra passagens que vão de R$ 146,00 a R$ 157,47. Mesmo com custos mais altos e trânsito carregado, a busca por celebrar o réveillon fora da capital segue firme entre os paraenses.

FLUXO INTENSO NO TERMINAL HIDROVIÁRIO

Enquanto a BR-316 segue travada, o deslocamento em massa pelas águas rumo a ilhas, municípios ribeirinhos e cidades do interior também cresce a cada hora. Esse movimento, típico do período de fim de ano, transforma os terminais hidroviários em pontos de encontro de expectativas, malas prontas e reencontros familiares.

No Terminal Hidroviário de Belém, localizado na avenida Marechal Hermes, o fluxo de passageiros aumentou significativamente na última segunda-feira (29). Considerado o principal ponto de embarque hidroviário da capital, o espaço registrou filas para compra de passagens, além de intenso embarque e desembarque, sobretudo no período da manhã, quando se concentra o maior número de operações. Destinos tradicionais como Marajó, Camará, Ponta de Pedras e Salvaterra seguem entre os mais procurados e mantêm a alta demanda neste fim de ano. A administração do porto trabalha com a expectativa de reforçar o número de embarcações nos dias 30 e 31 para atender ao crescimento no volume de viajantes.

MOVIMENTO TRANQUILO NA TAMANDARÉ

Em contraste, o Terminal Hidroviário da Tamandaré, no bairro da Cidade Velha, apresentou um cenário mais tranquilo ao longo da manhã. As embarcações saíam com regularidade e o embarque ocorria de forma ágil, apesar da formação pontual de filas, que avançavam rapidamente com atendimento contínuo nos guichês. Entre os destinos mais buscados estavam Barcarena, onde fica a Praia do Caripi, e a ilha de Cotijuba, conhecida pelas praias que atraem tanto turistas quanto moradores da Região Metropolitana.

Dados do próprio Terminal Hidroviário da Tamandaré apontam que, apenas no mês de dezembro, até as 10h desta segunda-feira (29), foram realizadas 1.309 operações, com cerca de 107 mil pessoas circulando pelo local. As viagens atendem principalmente Barcarena Sede, o Porto de São Francisco e a ilha de Cotijuba, reforçando o papel estratégico do terminal na movimentação típica das festas de fim de ano.

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