Greve: saiba quais agências funcionaram hoje

Sufoco, longas filas e atendimento lento. Estes são alguns dos transtornos que a população vem enfrentando nas poucas agências bancárias que estão funcionando em Belém. O problema decorre da greve dos bancários, que teve início desde o dia 29 de setembro, em todo o Brasil, sem previsão para acabar.

Hoje (5), o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá confirmou a adesão de alguns bancos particulares à greve, mas ainda não divulgou quais seriam essas instituições. Nossa equipe foi às ruas de Belém e registrou apenas sete agências funcionando hoje, sendo quatro do Itaú (na avenida Doca de Souza Franco, na rua 15 de novembro, na avenida Presidente Vargas e na avenida Almirante Barroso) e três do Bradesco: rua Boaventura da Silva, no Umarizal; rua 15 de Novembro, no Comércio; e a agência Senador Lemos, no Telégrafo.

A fim de obter informações mais precisas sobre quais agências estariam funcionando, a reportagem do DOL entrou em contato com as assessorias de imprensa do Banco do Brasil, Banpará, Caixa Econômica Federal, Santander e Itaú, mas todas as assessorias se negaram a informar. A assessoria do Banco do Brasil ressaltou que não poderia citar as agências em funcionamento para evitar que integrantes do movimento grevista as fechassem.

De acordo com a lei, os bancos são obrigados a manter pelo menos 30% do serviço em funcionamento, mas não é o que ocorre. Enquanto isso, continua o martírio da população em busca de atendimento bancário na capital paraense.

A idosa Riso Silva afirma que ficou 30 minutos na fila preferencial do Bradesco, agência da 15 de Novembro para receber atendimento. A agência dela é na avenida Nazaré, mas devido à greve ela teve que se deslocar até a 15 de Novembro e se disse bastante revoltada com a distância e a demora.

Outro prejudicado com a greve foi o empresário José Carlos. Ele trabalha com a venda de produtos de varejo e possui cerca de 60 vendedores externos que, ao totalizar R$ 1.500 em vendas, precisam depositar o dinheiro na conta da empresa, para não correrem o risco de assalto.

“Com a greve, os vendedores precisam circular com uma quantia mais alta para se deslocarem a uma agência bancária. Geralmente, utilizamos os bancos do Brasil e Bradesco e os depósitos são feitos na ‘boca do caixa’, mas agora encontramos apenas agências do Bradesco funcionando, o que prejudica o nosso trabalho”, explica o empresário.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá informou que no final da tarde de hoje será divulgado um balanço sobre a greve. (Soraya Wanzeller, DOL)