Mudanças tentam aumentar adesões ao desarmamento

“Tire uma arma do futuro do Brasil”. Este é o tema da Campanha Nacional de Desarmamento 2011, lançada ontem em Belém. Este ano, a campanha conta com algumas novidades. Uma delas é que quem entregar a arma voluntariamente não precisa mais fornecer dados pessoais, o anonimato é garantido.

No momento do recolhimento, a arma será inutilizada para evitar a possibilidade de ser reutilizada antes de ser destruída definitivamente. Outra novidade é que o pagamento da indenização será agilizado: o prazo para o saque será de 24 horas até 30 dias após a entrega da arma.

Mas o diferencial da campanha é a ampliação dos postos de recolhimento. “Muitas pessoas deixam de entregar suas armas por ser focado apenas na Polícia Federal, por isso vamos criar outros postos de recolhimento. Estamos dialogando para a formação de um comitê e vamos definir essas ações”, afirmou a irmã Henriqueta Cavalcante, coordenadora da Comissão Justiça e Paz da Comissão Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Everardo de Aguiar, da Rede Desarma Brasil, destacou que a campanha é permanente e que, para entregar a arma, a pessoa precisa preencher uma guia de trânsito no site da Polícia Federal. Dependendo do modelo da arma, a pessoa recebe de R$ 100 a R$ 300 de indenização.

“Temos que reforçar a existência do Estatuto do Desarmamento e pedir a participação da sociedade civil”, disse Cibele Kuss, ouvidora do Sistema de Segurança Pública do Pará.

SERVIÇO

Para preencher a guia de trânsito de arma de fogo, basta acessar o site www.dpf.gov.br. (Diário do Pará)