O Ibama recebeu nesta sexta-feira (17) um macaco-prego albino vindo da região de Breves, na Ilha de Marajó, no Pará. Um morador local entregou o animal voluntariamente ao instituto, depois de resgatá-lo numa casa vazia.
O macaco, segundo o morador, foi abandonado por quem o mantinha em cativeiro. “É comum espécimes silvestres serem criados ilegalmente enquanto são filhotes e não dão problema. Depois, quando se tornam adultos e inconvenientes, são descartados em qualquer lugar, como se não tivessem valor”, explica o superintendente-substituto do Ibama no Pará, Alex Lacerda, que agora analisa o melhor destino para o raro macaco albino.
Em razão da sua raridade, vários zoológicos se candidataram a receber e cuidar do primata, um macho adulto que foi vítima de maus-tratos ao longo da vida.
Além da magreza resultante de anos de alimentação inadequada, o macaco teve a cauda cortada e as presas serradas. “O zoológico ou criador de fauna (autorizado junto ao Ibama) que irá recebê-lo deverá apresentar condições técnicas e legais para manter o animal dentro das melhores condições possíveis”, explica Lacerda. Alguns dos que já se habilitaram não cumprem estas exigências. "Muitos têm impedimentos legais, como excesso de lotação para a espécie, ou não cumprem à legislação atual para tamanhos mínimos de recintos, por exemplo", explica o superintendente-substituto.
Anomalia na cor
Albinismo não é doença, mas uma condição genética em que há falta de produção pelo organismo de melanina. O que causa ausência parcial ou total da pigmentação dos olhos, pele e pêlos do animal afetado. Espécimes albinos não sobrevivem por muito tempo em seu meio natural, por causa da falta de proteção contra os raios solares e ainda porque a falta de coloração os revela facilmente para presas e predadores. Os animais albinos são diferentes dos que possuem a coloração branca, que, apesar da ausência de cor, possuem melanina. (Ascom Ibama)
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