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Rabiolas: passatempo que nunca sai de moda

“Ao vai-te!”, exclama Wallison dos Santos, 13 anos, após dar um laço fulminante com a sua rabiola e acabar com a diversão alheia. A brincadeira tão comum na periferia de Belém ganhou ares de esporte com a realização do I Campeonato de Rabiola. Promovida p

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“Ao vai-te!”, exclama Wallison dos Santos, 13 anos, após dar um laço fulminante com a sua rabiola e acabar com a diversão alheia. A brincadeira tão comum na periferia de Belém ganhou ares de esporte com a realização do I Campeonato de Rabiola. Promovida pela Guarda Municipal de Belém, a disputa envolveu ontem de manhã 60 alunos do projeto “Anjos da Guarda”.

No Pará, rabiola é um termo que designa uma pipa, feita com três talas e papel de seda. Realizada na sede da Guarda Municipal, na rodovia Arthur Bernardes, os participantes puderam desfrutar de todo o espaço que não encontram nas ruas.

ATENÇÃO

Apesar do colorido, a época das rabiolas, que começa agora com as férias escolares, também é sinônimo de prejuízo. De acordo com dados da Rede Celpa, cerca de 36% das faltas de energia registradas em 2010 foram ocasionadas pelo uso de pipas com cerol.

“A intenção é fornecer um ambiente seguro para que esses jovens possam brincar. É uma prática divertidíssima, mas precisa ser supervisionada por um adulto. Aqui, podemos educar através do exemplo. Mostramos que o bom mesmo é empinar rabiola longe dos carros e dos postes”, explica o inspetor Hernandes Neves, 39 anos, coordenador do “Anjos da Guarda”.

PROJETO

Criado em 2007, o “Anjos da Guarda” é um projeto socioeducativo voltado a crianças e adolescentes em situação de risco. A ação reúne cerca de 300 alunos, divididos em oito turmas durante a semana, que recebem aulas gratuitas de jiu-jitsu, karatê, futsal e vôlei.

O projeto é administrado por 12 membros da guarda municipal, dentre eles dois pedagogos e um professor de educação física. Todo o trabalho é voluntário. “O campeonato foi feito com a ajuda de todos, um deu as rabiolas, a Associação dos Guardas Municipais de Belém confeccionou os troféus”, diz Hernandes Neves.
"Manter-se no ar sem ser cortado é uma verdadeira arte"

Um dos voluntários do projeto é o gráfico Ronaldo Tavares de Paiva, 55 anos, tio do inspetor Hernandes. Ele conta que fez à mão as 100 rabiolas, além de preparar o cerol. “Desde de criança eu empino rabiola, sei fazer cangula e papagaio. Isso é tradição, tá no sangue”, brinca.

É Seu Ronaldo que explica alguns termos do universo da rabiola, como o curioso “pirangueiro”, uma das classificações de prêmio do campeonato. “Pirangueiro é aquele que tem pena de perder a rabiola e não dá laço. É aquele que foge quando alguém tenta cortar. O campeão é aquele que corta mais rabiola, mas se manter no ar sem ser cortado, não é covardia, não. É uma arte”, explica.

ANJOS DA GUARDA

Para mais informações sobre o projeto, entre em contanto com a Guarda Municipal de Belém, na Rod. Arthur Bernardes, nº 5511, Km 17. Telefone: 3258 – 0235. (Diário do Pará)

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