Com a proximidade do Natal, a tradição de enfeitar casas, prédios, fachadas e ruas, em especial com decorações que utilizam energia elétrica, aumenta a preocupação com a sobrecarga de energia dentro e fora das residências. Além de elevar o consumo, os enfeites podem trazer riscos para os consumidores.
Segundo o coordenador da operação de distribuição de energia elétrica da Rede Celpa, Edilberto Miller, a maior preocupação da concessionária está relacionada com os enfeites natalinos, que muita das vezes não são compatíveis com as instalações elétricas, e podem causar curtos circuitos, e até mesmo incêndios. “Se uma pessoa liga um pisca-pisca, uma TV, um DVD, um microsystem, tudo isso em um ‘benjamim’, ocorre uma sobrecarga de energia. E isso não pode acontecer, pois a fiação elétrica tem um limite térmico”, explica o engenheiro.
Edilberto esclarece que se a fiação aquecer além do limite, o isolamento dos fios pode derreter e um fio elétrico encostar no outro. “Pode causar um curto circuito e até mesmo um incêndio”, alerta.
Enfeites natalinos, como o pisca-pisca, não precisam ficar ligados 24 horas, por isso, o cuidado deve ser sempre desligá-los antes de dormir, ressalta Miller. “Enfeites em fachadas também pedem atenção especial, por causa das chuvas. Enquanto não estiver usando, desligá-los é a melhor opção”.
Apesar de ter seu consumo de energia aumentado em cerca de 10%, a professora Vânia Mendonça não abre mão dos enfeites natalinos. Ela pensava em não comemorar o Natal este ano. Mas o presente do filho e um sobrinho a fizeram mudar de ideia. “Eles saíram e compraram uma árvore de Natal. Depois saímos todos juntos para comprar os enfeites. Já gastei só com os enfeites da árvore uns R$ 450”, afirma.
No prédio onde mora Vânia, os proprietários dos 50 apartamentos também já deram sua contribuição para os enfeites natalinos que iluminaram a fachada do prédio. Serão gastos R$ 5 mil na decoração, o que acarretará o aumento no consumo de energia. Mas isso não incomoda Vânia. “Acho que esse aumento no consumo inibe as pessoas de iluminarem mais a cidade”, lamentou a professora. (Diário do Pará)
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