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Tacacá: uma viagem pelos sentidos e pela história

Logo no primeiro contato o corpo já responde aos estímulos do prato. As mãos são as primeiras a acomodar o garfo e a cuia quente. Ao levá-la à boca, os lábios dão os primeiros “formigamentos” com o toque do jambu. Os olhos lacrimejam delicadamente na medi

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Logo no primeiro contato o corpo já responde aos estímulos do prato. As mãos são as primeiras a acomodar o garfo e a cuia quente. Ao levá-la à boca, os lábios dão os primeiros “formigamentos” com o toque do jambu. Os olhos lacrimejam delicadamente na medida em que se sente a pimenta. As narinas se expandem para melhor apreciar a mistura de odores e a pele transpira, aceitando com equilíbrio a ingestão do tacacá.

Conhecido por toda a população e reconhecido como um alimento típico do Pará pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o tacacá é um dos pratos mais tradicionais da região Norte. Seu primeiro registro ocorreu ainda no século 18. “Na Inquisição, por exemplo, existe um documento que descreve o assassinato de uma mulher pela índia que trabalhava para ela. A morte foi consumada por um tacacá envenenado”, narra o historiador Aldrin Figueiredo.

Nessa época, o cenário era diferente. O tacacá era consumido essencialmente em festas e em residências, montado pelas próprias famílias, independentemente da classe social a qual pertenciam. Somente no século XX ele passou a tomar as ruas da cidade, sendo parte de um universo de símbolos voltados à pajelança, que iam desde a roupa típica das primeiras tacacazeiras até os locais onde eram encontrados.

Com o tempo, algumas diferenças foram se instituindo no preparo do produto, com elementos que variam segundo a oferta natural da região.

No Baixo Amazonas, por exemplo, o tucupi é doce, pois é fervido de imediato, logo após ser retirado da mandioca. “Além disso, quanto mais urbanizado o local, mas camarão é colocado no tacacá. Em várias regiões, no lugar do camarão é utilizado peixe”, cita Aldrin.

Com peixe ou camarão, pimenta ou sal, goma ou sem goma, o tacacá é hoje símbolo do turismo e de políticas públicas relacionadas com as recomposições urbanas. Das barracas mais simples, aos sofisticados restaurantes de Belém, ele democratiza gostos e classes sociais. Um ponto de convergências entre paraenses e apreciadores das delícias do Pará.

ENTENDA

Treme lábios
A sensação característica do tacacá (o “tremor” dos lábios) é garantida por substâncias presentes (como triterpenoides) nas folhas de jambu.

"Manjar light"
O tacacá é um dos pratos mais lights da cozinha paraense. Uma cuia contém, em média 123,09 Kcal, garante a nutricionista Ligiane Loureiro.

Goma calórica
Dos componentes do tacacá, o mais calórico é a goma, com 40 Kcal por cada cuia, em média.

Jambu magro
Dos ingredientes do tacacá, o menos calórico é o jambu, com apenas 14 Kcal em média em cada porção.

Vitaminado
Numa cuia de tacacá você encontra principalmente a vitamina C e vitaminas do complexo B, além de vitamina E. Essas vitaminas possuem atividades antioxidante e cicatrizante. Auxiliam no combate à anemia e ao resfriado e também ajudam a melhorar a digestão. (Diário do Pará)

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