Uma missão comercial à República Popular da China, que levou em dois grupos até aquele país 15 empresários paraenses, deve render múltiplas oportunidades de negócios, intensificar o comércio bilateral e, internamente, impactar positivamente a economia do Estado, provocando a geração de renda e expandindo o mercado de trabalho. Esta é a avaliação feita pelo empresário e executivo Reinaldo Ferreira, presidente da Faciapa, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Pará. Como dirigente da entidade, foi ele o principal mentor e organizador da viagem de negócios àquele país asiático.

A ideia da missão comercial do Pará, segundo Reginaldo Ferreira, começou a ser trabalhada a partir do início do segundo semestre de 2011, tendo como moldura um programa de intercâmbio e internacionalização das empresas brasileiras. Esse programa é mantido pela Confederação das Associações do Brasil (CACB), espécie de “guarda-chuva” sob o qual se abrigam as federações estaduais e, agregadas estas, as associações comerciais no âmbito dos municípios. No Pará, essas entidades estão hoje instaladas em 72 municípios.

O programa, que tem no Sebrae um parceiro valioso, tanto no âmbito nacional quanto nos Estados, tem por objetivo a abertura para os empresários, principalmente de pequeno porte, da oportunidade de se relacionar com o mercado global. Para isso são usadas diversas ferramentas, sendo uma delas as missões empresariais. E um dos destinos mais procurados da atualidade, conforme frisou Reginaldo Ferreira, é justamente a China, que já atraiu missões organizadas por diversas federações brasileiras.

No ano passado, quando decidiu ingressar no programa, a Faciapa deu partida às providências iniciais e ao planejamento de sua primeira missão. A empresa que tem sido contratada por todas as federações, para levar suas missões comerciais, é uma consultoria privada com forte estrutura própria em território chinês. Com isso, esclareceu, ela está em condições de orientar toda a preparação prévia, o assessoramento necessário durante a viagem e, tão importante quanto isso, o acompanhamento pós-viagem, o que inclui a intermediação dos primeiros negócios.

Reginaldo Ferreira, que é também vice-presidente da CACB, revelou que a primeira missão paraense foi organizada com o fim expresso de visitar a Feira de Importação e Exportação da China, a monumental Feira de Cantão, como ela é mundialmente conhecida. Realizada duas vezes por ano desde 1957 – na primavera e no outono –, a feira chinesa, multissetorial, ocupa uma área bruta de 1,160 milhão de metros quadrados, com 58 mil estandes, onde são expostos mais de 150 mil produtos. Cada evento desses recebe mais de 200 mil visitantes, procedentes de 210 diferentes países.

Composto de sete integrantes, o primeiro grupo da missão paraense retornou a Belém na quinta-feira da semana passada e, o segundo, com oito empresários, desembarcou em Val-de-Cães nesta sexta-feira. Na China, eles se encontraram com uma missão mineira de 23 empresários. A etapa inicial da feira, vista pelo primeiro grupo, teve material de construção, produtos de iluminação, produtos químicos, eletrônicos, aparelhos eletrodomésticos, hardware e ferramentas, maquinário, veículos e peças. O segundo grupo conheceu a exposição de artigos de consumo e uso diário, presentes e produtos decorativos de casa. “Cada área contempla diferentes grupos de interesses e de negócios”, destacou Reginaldo Ferreira. (Diário do Pará)

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