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Luta política deu origem ao Diário

Se estivesse vivo, o jornalista Laércio Wilson Barbalho estaria hoje com 94 anos. Aposentado como político, o ainda jornalista ao certo estaria comemorando ao lado do neto, Jader Barbalho Filho, o sucesso inquestionável de um dos seus maiores projetos de

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Se estivesse vivo, o jornalista Laércio Wilson Barbalho estaria hoje com 94 anos. Aposentado como político, o ainda jornalista ao certo estaria comemorando ao lado do neto, Jader Barbalho Filho, o sucesso inquestionável de um dos seus maiores projetos de vida: o DIÁRIO DO PARÁ, hoje consolidado como um dos maiores jornais do Brasil e líder disparado de mercado, com mais de 60% de leitores habituais, segundo a última pesquisa do Ibope.

Com certeza lembraria com muita saudade e emoção daquela semente plantada nos idos do dia 22 de agosto de 1982, quando a primeira edição do jornal circulou pelas ruas de Belém. Era, enfim, o sonho realizado de levar para a população um jornal combativo e desafiador às dificuldades impostas pelo regime militar da época, ao qual Laércio era feroz opositor. Quis o destino que em maio de 2004 Laércio fosse para o andar de cima. Por trás de muitos sonhos, permaneceu o exemplo de um homem que nunca desistiu de seus ideais.

Naquela época, a eleição de Jader Barbalho para o governo do Estado surgiu como uma saída contra a ditadura que se impunha. A disputa eleitoral já se antevia disputadíssima. Laércio já havia trazido as máquinas que rodariam o jornal de Bauru, em São Paulo, de uma oficina velha e já sucateada.

A disputa pela hegemonia na imprensa escrita era grande: de um lado o DIÁRIO surgia como um “jornal de campanha”, sem tecnologia, impresso pelo sistema de “chumbão”. Do outro, dois concorrentes de peso: O Liberal e A Província do Pará, com leitura cativa e com sucesso editorial superior, sendo impressos já no sistema off-set.

A máquina comprada por “seu” Laércio nunca havia impresso um jornal diário. Tanto que a primeira edição levou 25 horas para ficar pronta. Na ocasião, o jornalista Hélio Gueiros, com seu sarcasmo peculiar, comentou que, daquele jeito, “o jornal não daria para ser DIÁRIO”. Para suprir as carências, foram contratados os mais modernos linotipistas da época.

Não importavam as condições. O jornal precisava ir para a rua. Para tanto, “seu” Laércio recrutou uma trupe de experientes jornalistas para executar o projeto, entre os quais Hélio Gueiros, Joércio Barbalho, Ronaldo Bandeira, Expedito Leal, Sérgio Noronha, Dalvino Flores, Bernardino Santos, Raimundo Gomes, Raimundo Oliveira, Manoel Alves, Socorro Gomes e Carlos Gabriel. Na fotografia do dia da fundação do jornal havia ainda Cândido Sodré, Fred Mendonça, Dirceu Formengo e Carlos Rauda.

Como não poderia deixar de ser, Laércio Barbalho foi fundamental na fase embrionária da publicação. Ele trouxe ao jornal sua experiência política, da época em que trabalhou no O Liberal Baratista, entre 1946 a 1964. A tarimba e a experiência política que repassou aos jornalistas da época foi fundamental e fez com que o jornal não parasse de circular, o que seria fatal para a publicação.
A política e o jornalismo sempre estiveram presentes na vida de Laércio Barbalho. Ele começou no jornalismo em 1950, num periódico ligado ao PSD, partido que apoiava Magalhães Barata e que lhe deu três mandatos.

Tinha entre os colegas de redação Hélio Gueiros, Newton Miranda, Álvaro Paes do Nascimento e outros nomes de expressão.
Além do PSD, Laércio também plantou as bases de outro partido político: o PMDB, que se transformaria na grande frente de oposição à ditadura militar. O jornalista foi cassado em 1969, logo após ser reeleito deputado estadual, dessa vez pelo PMDB. A cassação não o desmotivou. Continuou atuando nos bastidores da luta pela democracia, o que resultou na eleição do filho para o governo do Estado.

A irreverência, inteligência e principalmente a generosidade foram as marcas de Laércio Barbalho na passagem pela política e pelo jornalismo, durante mais de metade de sua vida. O afastamento da política o levou direto ao jornalismo, assegurando o espaço de mais uma fonte de informaçóes no Pará.

(Diário do Pará)

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