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Caeté: região das belezas oceânicas paraoaras

É lá que está boa parte do litoral paraense e, consequentemente, várias das praias oceânicas mais bonitas do Estado. Formada pelos municípios de Augusto Corrêa, Bonito, Bragança, Cachoeira do Piriá, Capanema, Nova Timboteua, Peixe Boi, Primavera, Quatipur

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É lá que está boa parte do litoral paraense e, consequentemente, várias das praias oceânicas mais bonitas do Estado. Formada pelos municípios de Augusto Corrêa, Bonito, Bragança, Cachoeira do Piriá, Capanema, Nova Timboteua, Peixe Boi, Primavera, Quatipuru, Salinópolis, Santa Luzia do Pará, Santarém Novo, São João de Pirabas, Tracuateua e Viseu, a Região do Caeté tem uma área total que corresponde a 1,3% em relação ao Estado, com densidade demográfica de 28 hab/km². Sua economia está dividida principalmente nos setores de serviços e agropecuária. Segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental do Pará (Idesp), açaí, bacuri, andiroba e mel são produtos mais comercializados pela região. No total, são 34 produtos florestais não madeireiros estudados que expressam parte de uma economia em vigor, cuja renda gerada, no ano de 2010, foi de cerca de R$ 22 milhões.

BRAGANÇA
Bragança no imaginário paraense tornou-se uma espécie de cidade “encantada”, outra parte do “Eldorado” Amazônico, mas não por sua opulência material, e sim, pela riqueza simbólico-cultural. A arquitetura de seus prédios são documentos importantes que contam a história da cidade (uma das mais antigas do nosso estado) especialmente a influência europeia e poderia se tornar também um elemento de atração turística, explica Ysmaille Oliveira, historiador e mestrando em Artes.

“Do ponto de vista social poderia ser uma fonte de renda para a população, contudo, essa arquitetura sobrevive às intempéries e a escassez de políticas públicas. Por exemplo, a prefeitura Municipal Bragança, (Palacete Augusto Corrêa) data aproximadamente do início do século XX e foi feito tendo como modelo o Palácio de Bragança em Portugal”, diz. Ysmaille também destaca o “Mercado de Carne”, com arquitetura aos moldes do estilo neoclássico, telhas francesas, construído no início do século XX. “O que geralmente ocorre em outras cidades é um projeto dito ‘modernizador’ que acaba solapando um documento histórico encravado no espaço e na memória coletiva”, complementa.

Além do apreço pelos símbolos palpáveis, o historiador cita ainda a importância da Marujada. A partir de diversas identificações, trazidas ora proposital ora casualmente, o historiador ainda noivou com uma maruja (Iris) num dia de ladainha ao “Santo Preto”, além de participar do levantamento do mastro e da festividade que ocorre de 18 a 26 de dezembro.

“Na verdade, existem outros atores sociais que contribuem largamente para essas identificações. São os foliões que esmolam levando a imagem de São Benedito de casa em casa pelos campos, praia e colônia, peregrinando por meses. Como se trata de um Santo Preto que assume a causa do pobre nas suas necessidades, as identificações crescem e extrapolam as fronteiras da cidade. Assim, podemos falar, então, de diversas identificações que ocorrem na festa, que dialogam com a religiosidade, multiculturalismo, territorialidade, representação cultural, turismo, comércio, comportamento bairrista e entre outros”, comenta.

Para Benedito Aruda Palheta, produtor de farinha no bairro do Camutá, o serviço pesado aprendido desde os oito anos é a única forma de sustento da família. “Foi assim que meu pai me sustentou e agora eu cuido dos meus filhos. O segredo pra uma boa farinha é simples, é preciso ter atenção no escaldamento e torramento. Por isso nossa farinha é muito procurada e famosa em todo o Estado. Tenho fregueses certos, que vem toda semana, a cada quinze dias”, garante. Com a estabilidade alcançada ele espera ampliar o empreendimento, pois demanda existe. “Acho que dá pra viver bem pra farinha. Futuramente quero ficar só administrando, gerando empregos e aumentando a produção. É algo certo, que se a pessoa souber cuidar, dura muitos anos. Assim como meu pai deixou pra mim vou deixar pros meus filhos”, concluiu.

SALINAS
A partir de projetos voltados para o desenvolvimento turístico de Salinópolis, como a urbanização da orla da praia do Maçarico, inaugurada em 2000, vários projetos têm acontecido um após outro, com o objetivo de transformar o município num dos maiores cenários turísticos do Pará. Esses tipos de melhorias, priorizando os empreendimentos turísticos, podem ser confirmados através dos investimentos privados na rede hoteleira e de restaurantes, por exemplo. Com mais estrutura, os empresários conseguem mais cliente e, assim, mais lucros.

Mesmo assim, o desenvolvimento econômico ainda depende de períodos de alta estação para sobreviver. Situação que reflete principalmente sobre a população residente, como é o caso de Edson Coelho, 33 anos, trabalhador autônomo, que há sete anos faz trabalho de garçom na praia do Atalaia.

“Trabalho com tudo um pouco na cidade. Qualquer serviço que for digno eu faço, porque temos que aproveitar ao máximo as férias e final de ano. A gente se esforça para agradar o pessoal que vem de fora. Queremos que as pessoas que venham saiam satisfeitas e voltem”, explica. No veraneio, o serviço começa às 5h da manhã, com o preparo pra receber os clientes. Aos poucos as barracas começam a lotar e Edson não para mais de correr para todos os lados. É um dia a dia cansativo, mas é gostoso. Pra gente atender todo mundo, corremos um bocado. Fazemos o máximo para agradar todos. Mês de julho muda tudo. Não consigo nem contar as voltas que dou. Acho que uns 100 quilômetros por mês. Tem que ter preparo físico, senão a pessoa não da conta”, brinca.

A fim de reverter essa restrição, a Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura criou há seis anos o Programa de Desenvolvimento da Melacocultura. Salinas é um dos cinco municípios contemplados com a iniciativa. Além de orientações e visitas periódicas com técnicos e especialistas, as comunidades devem receber nos próximos meses parte da infra estrutura necessária para ampliar o cultivo de ostras. “Queremos diminuir a extração de bancos naturais, para dar mais segurança aos trabalhadores e ainda contribuir com o meio ambiente. Além disso, o processo agrega mais valor ao produto, porque garante melhores condições de higiene, manejo e comercialização”, explicou Antenor Ferreira, coordenador do programa.

No primeiro semestre desse ano a produção de ostras foi de 25 mil dúzias, nos cinco municípios polo. Com a implantação dos cultivos, a expectativa é de aumentar em cinco vezes esse volume. “Nosso maior objetivo é criar alternativas para a população que ainda vive da pesca. Com os peixes cada vez mais longe, em alto mar, a atividade fica cara. A aceitação da ostra é muito boa, há demanda para o produto, principalmente no exterior”, ratifica Antenor. (Diário do Pará)

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