Diante do brilho emitido por cada luz e pela imponência da árvore que abriga em sua base a personificação do Papai Noel, é difícil encontrar quem não se encante. Mais do que a beleza da decoração, para muitos, emocionante é o significado da comemoração. Diante do fascínio do pequeno David, de dois anos, por cada luz que piscava na decoração de um shopping de Belém, a dona de casa Bruna Saraiva vivia a expectativa de mais um Natal em família.
“É uma data que mexe profundamente com os sentimentos. Não estamos morando aqui (em Belém), então aproveitamos a data para ficar mais próximos das pessoas que amamos”, emocionou-se, ao afirmar que não consegue imaginar o Natal sem a presença das pessoas que ama. “É impossível passar despercebido pelo Natal. As pessoas acabam mudando de alguma forma, tudo tem mais sentimento”.
Ciente da importância imaterial que a data representa, ela aproveita a comemoração do nascimento de Jesus Cristo para transmitir alguns dos valores para o filho. “Tento mostrar para ele que não é só a decoração, mas que é um momento de buscar a doação, de compartilhar”, afirma. “É preciso passar esses valores para a criança desde cedo. O David ainda é muito pequeno, mas esse ano ele já separou alguns brinquedos que não usa para doar. O Natal é isso”.
FAMÍLIA
A arquiteta Tatiana Guimarães também tem uma definição própria para o dia 25 de dezembro. Para ela, nada supera a alegria de estar junto da família. “O Natal é sinônimo de família”, disse. “É a primeira vez que o Pedro (filho de um ano e sete meses) viu o Papai Noel e ele se deu muito bem com ele. O Natal é mais especial quando se tem filho pequeno”.
Já com o título de tataravô, o aposentado José Jacob também não poderia imaginar um Natal mais especial do que este. Pai de nove filhos, ele passará os últimos dias deste ano cercado pelos filhos, noras, netos, bisnetos e tataranetos. “Eu fico muito feliz. Eles são a minha vida”. Para que a reunião desse ano se tornasse mais especial, tudo conspirou para que as férias dos filhos que moram fora de Belém coincidissem. Este ano, a casa preparada para o Natal deve receber mais de 50 pessoas.
“Nos sentimos muito bem em reunir todo mundo. É um momento de confraternização e, graças a Deus, nossa família é muito unida”, destaca o aposentado Gilson Jacob, filho mais velho e responsável por trazer mais nove pessoas da família para passar o Natal em Belém. “Viemos do Rio (Rio de Janeiro) para passar o Natal todos juntos. Tem um irmão que veio de Macapá também. É a oportunidade de rever os irmãos, a família”.
“Este ano, o Natal e o ano-novo vão ser especiais”, complementou a também aposentada Wilma Jacob, esposa de Gilson. “Vieram as duas filhas, os dois genros e os quatro netos”.
Diante de demonstrações como a dos membros da família Jacob, o cientista da religião José Antônio Mangoni aponta que a valorização da família é um valor já carregado pela data há bastante tempo. “É uma festa da família. É um valor que se conserva. É um momento da família que se encontra”, afirma. “O Natal é o momento de se recuperar a ideia de Deus que se fez criança para dizer que está com a gente”.
(Diário do Pará)
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