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Pará já soma quase 1.600 farmácias e drogarias

A funcionária pública Raquel Silva tem 38 anos trabalha como assistente administrativa. Tem pressão alta e diabetes, doenças crônicas que precisam de controle constante. É uma frequentadora assídua das farmácias da capital e costuma ir a esses estabelec

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A funcionária pública Raquel Silva tem 38 anos trabalha como assistente administrativa. Tem pressão alta e diabetes, doenças crônicas que precisam de controle constante. É uma frequentadora assídua das farmácias da capital e costuma ir a esses estabelecimentos ao menos uma vez por semana, seja para tomar uma injeção, medir a pressão ou comprar um medicamento.

Para ela, farmácia é lugar para comprar apenas remédios. “Deixo para comprar perfumes, shampoos e cremes no
supermercado. Até porque lá é mais barato”, coloca. Ela sempre faz amizade com os farmacêuticos das farmácias que frequenta mais. “Esse profissional é fundamental e precisa estar em todos os horários nas farmácias. Eles nos ajudam nas dúvidas sobre os medicamentos e são a garantia para que nos mediquemos de acordo com que o médico nos receitou. São importantes para a nossa saúde”, pondera.

Raquel se encaixa perfeitamente no perfil da maioria dos que compram em farmácia na capital, medido no “Primeiro Levantamento Nacional do Perfil de Compradores em Farmácias”, realizado em 12 capitais brasileiras, dentre elas Belém, no final do ano passado. O estudo foi feito pelo Instituto de Pós-Graduação para Farmacêuticos (ICTQ) em parceria com o Datafolha.

Foram realizadas 1.611 entrevistas com homens e mulheres com 18 anos ou mais que costumam realizar compras em farmácias e ou drogarias, em 12 capitais brasileiras em todas as regiões do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Campo Grande, Goiânia, Belém e Manaus. A amostra nas regiões Norte e nordeste foi de 540 consumidores pesquisados.

Em Belém, 108 consumidores foram pesquisados. A pesquisa mostra que 55% dos consumidores de farmácia em Belém são do público feminino e 38% têm de 26 a 40 anos. 54% possuem Ensino Médio e 64% trabalham fora ou em casa
com remuneração.

Ainda de acordo com a pesquisa, 77% dos entrevistados vão às farmácias para comprar apenas medicamentos ou remédios;
50% para comprar produtos de higiene pessoal; 47% cosméticos ou produtos de beleza, 7% para comprar alimentos e
apenas 4% vão aos estabelecimentos para comprar bebidas Do total de entrevistados, 76% consideram muito importante
a presença de um farmacêutico na farmácia; 20% consideram importante e apenas 4% mais ou menos importante.
Já 71% avaliam ser muito importante o farmacêutico para a sua saúde; 18% importante e apenas 7% mais ou menos importante.

Para Marcus Vinícius diretor executivo do ICTQ, o objetivo maior da pesquisa é contribuir para a evolução do mercado farmacêutico no Brasil. “Acreditamos que estudos inéditos como esse podem evidenciar aspectos importantes sobre o
perfil do consumidor de medicamentos no país, bem como mapear o perfil dos estabelecimentos de saúde [farmácias e
drogarias] e da indústria de medicamentos”, analisa.

Ainda segundo ele, o estudo pretende lançar um olhar real sobre as demandas do mercado farmacêutico. “O desafio é conseguirmos mudanças no cenário nacional, quer para os profissionais que atuam na área da indústria, quer na área de varejo”.

Segundo o Conselho Regional de Farmácia, hoje o Pará soma quase 1.600 farmácias e drogarias. Elas são cerca de 400 apenas na capital - e há dez anos eram o dobro, o que mostra o gosto do belenense pelos estabelecimentos nas vizinhanças.
Dados da Organização Mundial de Saúde dão a dimensão desse amor: a OMS recomenda uma farmácia para cada 8 mil habitantes. O Pará, que precisaria ter apenas 600 drogarias, soma quase três vezes mais.

Dados ajudam a entender mercado

A pesquisa foi o primeiro levantamento nacional que buscou conhecer o mercado farmacêutico de maneira holística, sob o olhar do consumidor brasileiro. “Trata-se de uma estratégia inédita e inovadora, que visa colaborar na ação estratégica de todo o mercado, que tende a se basear nestas informações para a busca por soluções, evolução e desenvolvimento”,
diz Marcus Vinícius.

Para ele, é uma oportunidade para o setor as circunstâncias mercadológicas evidenciadas nos números encontrados
no estudo. “Nesse contexto, cada vez mais, há a necessidade do profissional farmacêutico qualificar-se, a fim de saber como melhor explorar as oportunidades neste mercado, em constante expansão”.

O grande desafio é a mudança de comportamento e atuação profissional, em todas as esferas do mercado farmacêutico.
“Um desafio comum que temos pela frente é o combate à automedicação e a qualificação das farmácias e drogarias, como um estabelecimento de saúde, na percepção do consumidor”.

Para as farmácias o estudo mostra o que o consumidor busca, em termo de produtos e marcas, o conhecimento sobre o atendimento que o consumidor valoriza. “Em suma, a pesquisa deve auxiliar nas estratégias a serem definidas, trazendo à tona dados qualitativos e quantitativos sobre o mercado consumidor e suas peculiaridades. No estudo existem dados ainda não revelados, que irão traduzir em números percentuais as preferências de consumo no ato de compra no estabelecimento
farmacêutico e no juízo de valor das marcas. “Essas informações podem vir a orientar o posicionamento estratégico das indústrias no médio e longo prazo.

Pesquisa ajuda a nortear rumos para drogarias, aponta CRF

Analisando a pesquisa, o que mais chamou a atenção de Daniel Jackson Pinheiro Costa, presidente do Conselho
Regional de Farmácia do Pará (CRF-PA),foi a importância e o reconhecimento do profissional farmacêutico nas farmácias. “O resultado não chega a ser uma surpresa; isso porque há mais de dez anos,desde quando o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entrouem vigor, temos alcançado excelentes níveis decobertura farmacêutica em Belém”,diz.

A pesquisa, segundo ele, só vem ratificar essa evolução da assistência farmacêutica à população da capital, já que a maioria dos entrevistados atribui grande importância à presença do farmacêutico nas farmácias.“Outro dado que chamou a atenção foi a percepção de que as farmácias são estabelecimentos de saúde e a afirmativa que se faz neste sentido, uma vez que sobressaiu o hábito de comprarmedicamentos, produtos de higiene pessoal e produtos de beleza, que também são pertencentes ao
âmbito farmacêutico. Penso que a farmácia precisa partir da pesquisa para saber se está no rumo certo ou desvirtuando do interesse da população”.

Sobre os dados que mostram o crescimento do reconhecimento da importância da atuação de farmacêuticos nos estabelecimentos, elepondera.“Fomos a primeira cidade do país a instituir a obrigatoriedade da assistência farmacêutica. Nos
tornamos um exemplo e hoje Belém permanece com os melhores indicadores, com cobertura de 99%”.

(Diário do Pará)

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