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Cinema ajuda na consciência ambiental

Usar o cinema para discutir temáticas ambientais. Essa é a proposta do projeto “Educação Ambiental: uma abordagem cinematográfica”, da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará. Idealizado pela professora Denise Machado Cardoso e pelos

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Usar o cinema para discutir temáticas ambientais. Essa é a proposta do projeto “Educação Ambiental: uma abordagem cinematográfica”, da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará. Idealizado pela professora Denise Machado Cardoso e pelos bolsistas Suziane Palmeira, Edmilson Assis e Cláudio Pinheiro, a iniciativa conta com cerca de 100 alunos do 6º e 7º anos do ensino fundamental. A proposta é unir lazer e educação para formar cidadãos aptos a solucionar problemas, desenvolver habilidades, organizar-se coletivamente e apurar a leitura e compreensão de mundo. A opção pelo cinema deve-se ao fato de as produções cinematográficas incluírem estética, lazer, ideologia e os valores sociais sintetizados numa mesma obra.

Segundo a professora Denise Cardoso, a chave do projeto é discutir a questão ambiental com crianças utilizando o cinema, mas de um modo ligado às Ciências Sociais, ou seja, como as pessoas podem, efetivamente, discutir e apresentar propostas, repassando a educação pela mudança. “A nossa metodologia não é só discutir sobre o tema proposto, não apenas assistir ao filme, mas também promover a mudança de atitude das crianças em relação a essas questões. Nós usamos o cinema como um suporte de auxílio didático que possibilita a reflexão crítica e o estímulo à pesquisa.”

O grupo escolheu duas escolas para desenvolver o projeto, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Barão de Igarapé Miri, localizada no Guamá, e a Escola Santa Emilia, no Umarizal. Segundo a coordenadora, a ideia foi pegar duas realidades diferentes: a escola pública e a escola particular. “Quando analisamos as duas, conseguimos perceber como a dinâmica é muito parecida. A reação das crianças é a mesma em ambas, porque tratamos de uma temática que independe de classe social. A questão ambiental é transversal, interdisciplinar, universal e está em foco na atualidade”, explica a professora.

Utilizando de animações que tratam do tema de forma didática, como “A Era do Gelo”, “Wall-E”, “Os sem-floresta”, episódios da “Turma da Mônica” e do desenho “Peixonautas”, para discutir temas relacionados à devastação ambiental, à poluição dos recursos hídricos, ao consumismo e ao aquecimento global, os estudantes de graduação desenvolveram uma dinâmica com os estudantes: a metodologia constava em passar o filme e depois incitar os alunos a discutir a temática a partir do desenvolvimento de cartazes que relatassem a semelhança que encontravam entre suas realidades e os filmes.

Bolsista do projeto, Cláudio Pinheiro afirma que o objetivo é que eles indiquem algumas ações que acontecem no dia a dia. “Quando começamos a passar os filmes e a fazer as dinâmicas, eles começaram a contar relatos do cotidiano, por exemplo, dos pais que desperdiçam água lavando os carros.”

RELATO

Segundo o bolsista Edmilson Assis, a maior riqueza do projeto consiste nos relatos que os alunos trazem de casa, os quais, após a discussão, repassam para os familiares. Ele afirma que, como são crianças na faixa de 9 e 12 anos, em fase de formação de caráter, o projeto ajuda para que eles já comecem a ter um olhar mais atento para a realidade.

O bolsista lembra-se de uma história marcante: uma moradora do Guamá fez uma história em quadrinhos sobre a macrodrenagem do rio Tucunduba, relatando as mudanças que a obra trouxe para a família dela. “Ela contou que, hoje, os vizinhos jogam lixo nos rios e isso entope o canal de drenagem, fazendo com que a água das chuvas invada a casa dela, trazendo doenças para a família. A partir do filme, nós demos liberdade para ela relatar algo semelhante da vida dela e para que discutisse com os outros estudantes e entendesse o que ocorreu. Essa discussão permite que, futuramente, esses alunos se tornem atores reivindicadores de melhorias públicas para a comunidade onde vivem”, afirma.

O projeto também visa trabalhar questões como a solidariedade e a coletividade, ou seja, mostrar a necessidade do outro para mudar a atual realidade. “É muito imbricada a questão humana, a questão moral e a questão ética com a questão ambiental. Não tem como desvencilhar. O nosso projeto nos permite isso”, completa a bolsista Suziane Palmeira.

Serviço

Voluntários: O projeto “Educação Ambiental: Uma abordagem cinematográfica” pretende agregar outra escola ao quadro e produzir um vídeo com os alunos. Interessados em participar como voluntários ou em saber mais sobre os trabalhos desenvolvidos podem entrar em contato pelo e-mail [email protected].

(Ascom UFPA/Diário do Pará)

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