Uma estratégia de qualificação diferenciada para a produção orgânica no Pará começou a ser discutida na Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), nesta quarta-feira (17). O secretário Hildegardo Nunes reuniu-se com o diretor executivo do IBD Certificações, Alexandre Harkaly; Mário Martins, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) e Saulo Sabino, diretor geral da empresa Alimento Seguro.
A adesão à produção orgânica é um ato voluntário do produtor, que precisa saber o que deve mudar para entrar no processo. “No caso da pecuária é preciso consolidar primeiro a cadeia produtiva para depois se chegar ao frigorífico”, explicou Harkaly. Os produtores precisam saber que o processo agrega valor ao produto e o consumidor deve reconhecer isso para pagar mais por um produto de qualidade.
Para estruturar o processo de certificação da produção orgânica no Pará, já estão sendo formados profissionais credenciados pelo IBD. O curso de inspetores e certificadores está sendo realizado na Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), por iniciativa da Sagri. Todo projeto de certificação tem que ter rastreabilidade para indicar a origem do produto, aliado a um conceito de sustentabilidade e monitoramento.
Para dar suporte financeiro ao processo de certificação, o secretário Hildegardo Nunes sugeriu um reajuste no valor da Guia de Transporte Animal (GTA), pago pelos pecuaristas, para formar um fundo destinado à produção orgânica. “Isso evitaria a necessidade de alterar leis, como a do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)”, justificou.
Alexandre Harkaly reforçou a importância de manter as feiras de produtos orgânicos, como já existe em Belém quinzenalmente nas praças Brasil e Batista Campos. A feira e o mercado de Santa Luzia, no bairro do Umarizal, também deverão ser aproveitados para comercialização da produção orgânica em Belém. O Pará tem hoje mais de 600 mil hectares de produção orgânica, incluindo as áreas de extrativismo, como o açaí.
(Agência Pará)
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