A rodovia BR-153, principal via de acesso aos municípios de São Domingos e São Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará, continua interditada por índios desde a manhã desta terça-feira (21). Sem acordo, a manifestação dos indígenas segue de forma pacífica concentrada na entrada da aldeia Sororó, na rodovia.
Este já é o terceiro dia de protestos dos indígenas, que já haviam interditado a BR-222 na última sexta (17) e na segunda-feira (20). Uma guarnição da Polícia Rodoviária Federal (PRF) está no local para garantir a ordem.
Os manifestantes acusam a coordenadora do Distrito Sanitário Indígena Guamá-Tocantins, Daniele Cavalcante, de aplicar de forma errada os recursos destinados ao setor, além de outras acusações como autoritarismo e assédio moral contra funcionários.
As lideranças indígenas não aceitam outra medida do Ministério da Saúde, a não ser a exoneração da coordenadora. Até o momento, o Ministério ainda não se manifestou sobre o caso.
Na tentativa de intermediar as negociações em Brasília, o deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB), que faz parte da subcomissão especial de Demarcação Indígena, diz que a Fundação Nacional dos Índios (Funai) não cumpre com seu papel de proteger os índios.
“Pelo contrário. A Funai abandona e tem muitas comunidades (indígenas) que passam até necessidade. Já preguei até a extinção da Funai, que é um órgão incompetente, que não cumpre o seu dever constitucional e que precisa ser substituído por um outro mais rápido e mais dinâmico e que realmente venha ao encontro e aos anseios dos índios”, destaca o deputado.
De acordo com o líder indígena, Zeca Gavião, o período de bloqueio das estradas continua sendo por tempo indeterminado.
(DOL, com informações de Michel Garcia/Diário do Pará)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar