Depois de 26 dias em greve, funcionários dos bancos privados e os da Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil retomam as atividades na manhã de hoje. Em assembleia geral realizada na noite de ontem, os bancários aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). 

Com o fim da greve, cerca de quatro mil bancários voltam ao trabalho e aproximadamente 300 agências reabrem para as atividades, segundo o Sindicato dos Bancários do Pará. No Banco da Amazônia e no Banpará, porém, cerca de dois mil bancários não avançaram com as negociações. Eles continuam em greve por tempo indeterminado e aproximadamente 80 agências continuam fechadas, ainda segundo o sindicato.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim, a categoria aceitou a proposta da Fenaban e, depois de uma reunião, encerrou a greve. “Entre os principais avanços estão o piso salarial, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e a compensação dos dias parados em uma hora diária a mais, até o dia 15 de dezembro, já que antes a proposta era de duas horas diárias até 180 dias”. 

Rosalina ressaltou que a categoria não avançou para o fim da greve do Banco da Amazônia e do Banpará. “A proposta foi insuficiente e as negociações não avançaram nas pautas específicas. Com isso, os funcionários desses dois bancos continuam em greve por tempo indeterminado. Mas vai ser enviada uma carta para a direção dos bancos para que aconteçam novas negociações”. 

Pautas

Entre as pautas específicas, a categoria reivindica o novo Plano de Cargos e Salários e reembolso do Plano de Saúde. Segundo informações do diretor do sindicato da categoria, Márcio Saldanha, os bancários retomam suas atividades, compensando os dias parados com uma hora diária a mais na carga horária, porém as agências bancárias continuam funcionando das 10h às 16h. “Os bancos voltam à normalidade para atender os clientes, mas não tem nenhuma orientação específica para o trabalho que ficou atrasado. Todos os bancários vão trabalhar uma hora a mais e as agências serão fechadas no horário normal de funcionamento delas”.

O DIÁRIO não conseguiu contato, na noite de ontem, com a assessoria do Banco da Amazônia. O Banpará, por sua vez, não deu retorno até o fechamento desta edição.

(Diário do Pará)

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