Costumes, tradições e o dia a dia de um povo estão retratados no livro “Cenas da Vida Amazônica”, do escritor paraense José Veríssimo. A obra, reeditada pela editora da Universidade do Estado do Pará (Uepa), será lançada nesta quarta-feira (27), às 17 horas, no hall da Reitoria da instituição, no bairro do Telégrafo.
A obra de 1886 é dividida em duas partes. A primeira é composta por quatro narrativas: O Boto, O Crime do Tapuio, O Voluntário da Pátria e A Sorte de Vicentina. A segunda parte chama-se Esbocetos e é composta por pequenos casos ou esboços de situações típicas da região amazônica. São eles: O Serão, A Lavadeira, O Lundum, Indo para a Seringa e Voltando da Seringa.
“Trata-se de uma reedição da obra que é referência literária no Pará. Ela faz parte de um dos selos da editora, o Memórias Reeditadas, que se propõe a reeditar obras acadêmicas e literárias. Já fizemos a reedição da obra do Dalcídio Jurandir, Primeira Manhã. A Eduepa também tem se preocupado em reeditar obras que possam também ser úteis nos processos seletivos da universidade”, explica o coordenador da editora, Paulo Murilo Guerreiro.
Em “Cenas da Vida Amazônica”, José Veríssimo incorpora ao seu método de avaliação, o impressionismo crítico e a valorização do texto, enfatizando tipos e situações que se traduzem em descrições das vidas e dos costumes do povo que habita o norte do Brasil. Narrada pelo autor, a vida é vista em toda a sua amplitude e complexidade social, refletindo os costumes da região e os passos de seus habitantes. O escritor transforma o cotidiano de imagens em linguagem literária.
José Veríssimo Dias Matos nasceu em Óbidos, no oeste do Pará, no ano de 1857, e morreu na cidade do Rio de Janeiro, em 1916. Ele foi escritor, jornalista, educador e crítico literário brasileiro. Iniciou vida acadêmica em Manaus, vindo em seguida para Belém com o intuito de prosseguir os estudos.
José Veríssimo foi um dos expoentes da crítica literária brasileira na época, ao lado de Sílvio Romero, a quem se opôs por diversas vezes. No campo dos estudos literários, publicou obras como “Que É Literatura? e Outros Escritos” (1907) e “História da Literatura Brasileira” (1916), além de volumes de contos e novelas, como “Cenas da Vida Amazônica” (1886). É um autor que pertence à chamada Geração de 1870, que assimila influências do pensamento europeu da época, e em especial as do crítico e historiador francês Hippolye Tayne, que em obras como “Filosofia da Arte” procura entender o homem com base nos conceitos de raça, meio social e momento histórico.
Serviço: Lançamento de “Cenas da Vida Amazônica”. Quarta-feira (27), às 17h, no hall da reitoria da Uepa (Rua do Una, 156, s/n, Telégrafo). O livro pode ser adquirido no quiosque da Eduepa, na Reitoria, e na sede da editora, na rua Dom Pedro I, bairro Umarizal.
(DOL com informações da Uepa)
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