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Onda de assaltos já fez 60 mil vítimas

Nós somos solidários, é claro! Mas ele (o delegado-geral Rilmar Firmino) foi vítima da própria política de Segurança que defende”, disse ontem o vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Pará, Gibson Silveira, em relação a tentativa

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Nós somos solidários, é claro! Mas ele (o delegado-geral Rilmar Firmino) foi vítima da própria política de Segurança que defende”, disse ontem o vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Pará, Gibson Silveira, em relação a tentativa de assalto que um dos homens fortes da segurança do estado sofreu na madrugada do último domingo. Firmino entrou para as estatísticas que apontam que oito pessoas são vítimas de assaltos a cada hora, no Pará. Os dados são do Sistema Integrado de Segurança Pública (Sisp), repassados pelo Sindpol. Os números revelam que no período de janeiro a outubro, deste ano, pelo menos 60.071 cidadãos foram vítimas de roubo no Estado, o que dá ainda a média de 197 ocorrências por dia.

É uma realidade estarrecedora e que a população conhece muito bem, pois sente na pele o medo de sair de casa e ser abordado por um meliante, que pode inclusive lhe ceifar a vida, pois o número de latrocínio já soma 140 ocorrências.

Em comparação ao mesmo período do ano passado, percebe-se um aumento de 4,77% no número de casos, segundo o Sisp. De janeiro a outubro de 2012 foram 57.336 casos de roubos registrados. O ano passado fechou com 67.277 assaltos registrados pela polícia.

De acordo com Gibson, o problema não para por aí. Por mais que a população denuncie a criminalidade, cerca 80% dos casos ficam sem solução. “Hoje, praticamente só se investiga crimes de grande repercussão, enquanto que o cidadão do comum é que sofre por ver o seu caso solucionado”, atentou.

Entre as justificativas para o problema estão as péssimas condições de trabalho que a polícia enfrenta para poder exercer um trabalho a altura do que a população precisa. O que representa mais uma falha no sistema de segurança que teve como vítima, inclusive, o delegado-geral de Polícia Civil.

Ninguém a salvo

O assalto contra Firmino ocorreu no cruzamento da rua dos Munducurus com a Generalíssimo Deodoro, área considerada bastante violenta pela comunidade. “Se nem o delegado escapou da violência, o que dirá a gente que sofre constantemente com os assaltos neste perímetro?”, questionou um morador que, por medo, preferiu não se identificar. Ele mora na Generalíssimo e vive trancado em casa.

Ontem pela manhã, moradores comerciantes e pedestres que circulavam pelo local não falavam de outra coisa se não o assalto contra Firmino. O morador Dionaldo Lavour, 63, relata que ouviu os tiros na madrugada do domingo, mas pensou que fossem fogos. “Eu já fui assaltado uma vez. É uma área perigosa”, reiterou.

Luiz Carlos, 57, como se identificou outro morador da Generalíssimo, próximo a Mundurucus, ressalta que mora no local desde que nasceu e está assustado com a onda de criminalidade que se espalhou pela cidade. “À noite ninguém mais pode passar mais que dez minutos na frente de suas casas porque os meliantes passam de bicicleta e ficam intimidando a gente”, contou, com um olhar sobressaltado.

Ele diz que a maioria dos bandidos que agem por ali é das áreas de baixadas, e após cometerem os assaltos e furtos tomam como rota de fuga as próximas aos canais. “A situação aqui não melhora mais não, nos últimos dez anos só fez piorar. A sensação de insegurança só piora”, lamentou o morador.

A onda de violência também assusta aos comerciantes do local. A maioria deles não gosta de dar entrevistas com medo de represálias por parte dos bandidos que circulam pelo local. “É uma área muito perigosa mesmo. Só fico aqui até as 18h e já percebo isso. Imagine os moradores daqui! Eles são os que mais sofrem”, frisou um comerciante que não quis se identificar. Ele trabalha com venda de água mineral.

Também sem se identificar, o cliente de um lava jato próximo ao cruzamento relatou que recentemente presenciou um assalto enquanto esperava a lavagem do carro. “Ele estava sentado esperando e um sujeito chegou e apontou a arma para ele e anunciou o assalto”, lembra.

O microempresário Roberto Maroja, 19, está construindo uma loja na área e apesar do estabelecimento não estar pronto já foi vítima da violência. “Eu vim ver a obra e fui assaltado. Os bandidos levaram o meu celular e outros objetos”, relatou.

A reportagem tentou contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) para comentar sobre os números do Sisp, porém até o fechamento da matéria não recebemos nenhum posicionamento do órgão.

(Diário do Pará)

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