Estudos realizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese /PA) mostram que o novo salário mínimo (subiu de R$ 678,00 para R$ 724,00), alcançará cerca de 1,6 milhão de pessoas somente no Pará e injetará aproximadamente R$ 1 bilhão na economia paraense, uma média de aproximadamente R$ 70 milhões por mês.

O decreto de número 8.166, que foi assinado pela presidenta Dilma Rousseff em 23 de dezembro passado e publicado no Diário Oficial da União no dia seguinte, entra em vigor a partir deste 1º de janeiro.

Segundo o Dieese foi constatado, a nível nacional, que nos próximos 12 meses (incluindo 13º salário), o impacto da elevação do novo salário alcançará cerca de R$ 28,4 bilhões atingindo aproximadamente 48,2 milhões de pessoas ocupadas que tem o rendimento referenciado no mínimo. Cerca de R$ 13,9 bilhões corresponde ao incremento na arrecadação tributaria sobre o consumo.

HISTÓRICO

Em 2004, as Centrais Sindicais, por meio de movimento unitário, lançaram a campanha de valorização do salário mínimo. Na campanha, foram realizadas três marchas conjuntas em Brasília com o objetivo principal de fortalecer a opinião dos poderes Executivo e Legislativo sobre a importância social e econômica da valorização do salário mínimo.

MARCHAS

Como resultados dessas marchas, o mínimo, em 2005, passou de R$ 260,00 para R$ 300,00. Em 2006, foi elevado para R$ 350,00, e, em 2007, corrigido para R$ 380,00. Em março de 2008, o salário mínimo foi alterado para R$ 415,00 e em 2009 o valor ficou em R$ 465,00. Em 2010, o valor subiu para R$ 510,00, resultando em aumento real de 6,02%.

Também como resultado dessas negociações, foi acordado, em 2007, uma política permanente de valorização do salário mínimo até 2023. Essa política tem como critérios o repasse da inflação do período entre as correções, o aumento real pela variação do PIB, além da antecipação da data-base de revisão - a cada ano - até ser fixada em janeiro, o que aconteceu em 2010.

A política prevê que, em janeiro de 2014, o reajuste reponha a inflação segundo o INPC do período mais a variação do PIB de 2012.

(Diário do Pará)

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