Moradores do bairro da Terra-Firme, em Belém, e pais de dois filhos (um de 10 e outro de 14 anos), Luís e Lucimar estão preocupados com a falta de espaço de lazer. O problema, segundo eles, afeta todo o bairro, especialmente quando o assunto é a segurança dos filhos.
“Não tenho um lugar para levar as crianças. No máximo até o campinho onde eles soltam pipas e jogam bola. Mas a gente teme já que fica na beira de uma pista movimentada como a Perimetral”, lamenta a pedagoga Lucimar Correa, que também é líder comunitária.
O jeito mais seguro, segundo ela, é deixar as crianças brincando em casa. “Diferente de outros bairros de Belém, que ganharam academias ao ar livre, a Terra-Firme não recebeu qualquer benefício de lazer e a comunidade cresce de maneira acelerada”.
ROLEZINHOS
Os recentes “rolezinhos” em shoppings centers de todo país chamaram a atenção para a falta de espaços públicos de lazer na periferia.
A líder comunitária do bairro do Guamá, Maria do Socorro Alves, também fala da falta de opções de lazer para a comunidade. “Há poucas quadras para esportes e opções culturais gratuitas”, reclama.
O filho dela, Matheus, de 17 anos, diz que para se divertir no bairro há um campo para esporte, o campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) e uma praça. “Mas na praça é comum a polícia revistar a gente só por estarmos reunidos”.
Ele disse que “não entendeu bem” o que é o “rolezinho”, mas afirma que os shoppings são boas opções de lazer. “Se não tem diversão aqui, a gente vai atrás de onde tem. Lá dá pra passear, jogar e gastar pouco”.
(Antonio Santos/DOL)
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