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Moradores vivem literalmente na lama

Uma comunidade de mais de 85 mil pessoas esquecidas pelo poder público. Os moradores do Icuí-Guajará em Ananindeua vivem em um caos: falta infraestrutura, saneamento, transporte e segurança. A reportagem do Diário do Pará andou por todo o bairro e enco

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Uma comunidade de mais de 85 mil pessoas esquecidas pelo poder público. Os moradores do Icuí-Guajará em Ananindeua vivem em um caos: falta infraestrutura, saneamento, transporte e segurança. A reportagem do Diário do Pará andou por todo o bairro e encontrou ruas esburacadas, repletas de lama, inclusive perto de escolas e em rotas de transporte coletivo.

A comunidade lamenta a dificuldade de acesso ao transporte público e diz que os ônibus que fazem as linhas do bairro não são suficientes “As duas linhas que temos Icuí Presidente Vargas e Icuí Ver-o-Peso não são suficientes para a comunidade e por isso vivem extremamente lotados. Todos nós já vivenciamos a experiência de ficar mais de uma hora na parada esperando os ônibus” afirma a coordenadora da pastoral social da Paróquia de São José Operário, irmã Noeli Domingues.

Foto: Antônio Cícero

E não adianta acordar cedo. O problema da superlotação acompanha os moradores do conjunto em qualquer horário do dia ou da noite. “Desde as 5 da manhã os ônibus já estão lotados. Pode contar que você vai pendurado. E não tem horário de manhã, de tarde e a noite. Os ônibus vêm cheios de pessoas. Eles queimam paradas e desviam os caminhos, um total descaso”, reclamou Kelly Andrade que mora há 12 anos na comunidade.

“Minha esposa já viu pessoas desmaiarem nos coletivos com tanta gente. Suspeitamos que a única empresa que atende a região não esteja cumprindo com o sua ordem de serviço pois faltam ônibus para a comunidade”, disse Raimundo Teixeira, da pastoral social.

Nem mesmo a inauguração do complexo do BRT pode ajudar o acesso da população ao centro da cidade. “Os ônibus expressos, que não param da Almirante Barroso, já existiam nas linhas do Icuí muito antes da inauguração da via, pois os ônibus vem e vão tão lotados e não tem mesmo como parar. Agora, ao invés de colocar outras linhas para atender o acesso da população ao centro da cidade, a empresa pegou seis ônibus da frota e os nomeou de expresso, piorando ainda mais a nossa situação”, reclamou Nonato Oliveira.


Foto: Antônio Cícero

AUDIÊNCIA

Em um trecho do bairro chamado Santa Fé, onde ficam duas escolas, o colégio Celina del Teto e o Colégio Assistencial Lacali os estudantes precisam colocar o pé na lama para estudar. O trecho da estrada do Icuí, que passa na frente das escolas está intrafegável e os ônibus passam com dificuldades entre buracos enormes e muita lama na rua. Isso sem falar do lixo e da água empoçada na rua. “Isso acontece porque a prefeitura começa uma obra durante a chuva, abre um buraco e depois para porque diz não ter condições de continuar na chuva. Com o estado da rua, alguns coletivos desviam por outros trajetos e as pessoas ficam sem conseguir voltar para casa”, explica a irmã Noeli Domingues.

A comunidade afirma ainda que existem demandas para novas linhas para o bairro mas não entendem porque o prefeituro Manoel Pioneiro não providencia que as mesmas cheguem até a população. “Temos demanda para pelo menos duas outras linhas que nós deem acesso a UFPA e a São Brás. Muitos estudantes precisam pegar até três ônibus para chegar a universidade”, afirma Nonato Oliveira, morador há 23 anos na comunidade.

Cansados de esperar por soluções a comunidade, em parceria com a pastoral social da Igreja Católica, farão uma audiência pública na próxima quinta-feira e convidam as diversas autoridades para ouvirem as diversas demandas da população que diz se sentir abandonada. “Não acreditamos que as autoridades venham, porque isso só acontece em época de campanha por aqui. Mas nosso desejo era que o poder público comparecesse, principalmente a prefeitura, para ver a nossa situação e dar esclarecimentos a nossa comunidade”, disse Raimundo Teixeira.

(Diário do Pará)

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