Embora seja censo comum entre a população de Marabá, sudeste do Estado, que o mau cheiro que tanto incomoda as pessoas, principalmente nos finais de tarde e de madrugada, seja oriundo do Frigorífico JBS, talvez a fonte do problema seja outra.

O Ministério Público e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) descobriram que um frigorífico desativado, onde ainda funciona uma graxaria e onde ainda existe uma lagoa de decantação de efluentes seja o responsável pelo odor desagradável (a graxaria é responsável pela coleta e reciclagem dos restos de animais como bois e aves, gerados pelos açougues e frigoríficos).

A conclusão se deu após várias incursões de órgãos fiscalizadores ligados ao meio ambiente a frigoríficos e outros locais na tentativa de descobrir a origem do mau cheiro que incomoda milhares de pessoas em Marabá nos últimos anos.Descobriu-se que o frigorífico J.A., localizado a cerca de 200 metros da Rodovia Transamazônica, quase em frente ao Loteamento Buriti, também pode ser o responsável pelo problema. Pois uma estrada de terra conduz à entrada do frigorífico, que está desativado para abate de gado há muito tempo, leva até a graxaria que estaria funcionando normalmente e as atividades só paralisaram há menos de um mês, segundo informou o MP.

Por outro lado, o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Brito, já deixou claro que junto com representantes do MP e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), vai promover fiscalização também nas dependências do Frigorífico JBS, para tentar medir também a contribuição do empreendimento com o mau cheiro que tanto incomoda a população.Ainda de acordo com Carlos Brito, depois de todas as fiscalizações e verificada a responsabilidade de cada um, as medidas legais serão tomadas, no sentido de multar os culpados e cancelar as licenças se for o caso.

“Não podemos afirmar com certeza de onde provém esse odor pois ainda estamos no processo investigativo”, declarou o secretário Carlos Brito. “Foi iniciada uma ampla verificação dos locais para tomarmos inclusive as providências cabíves”, disse ele.Falando sobre uma provável fumaça que também estaria exalando na cidade e, com isso até mesmo ocasionando problemas respiratórios, Carlos Brito informou que as fiscalizações que acontecem esse semana também vão averiguar todas essas possibilidades. 

(Sucursal Marabá/Diário do Pará)

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