Na próxima quarta-feira (23), estudantes e membros de movimentos sociais farão um ato público em frente ao Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), com destino à sede da prefeitura. O objetivo é protestar contra o iminente reajuste da tarifa urbana em Marabá.

A ideia dos organizadores é sair em marcha até a prefeitura para entregar a pauta dos estudantes e o manifesto com o aumento da passagem nas mãos do prefeito João Salame, como forma de sensibilizar o gestor a não aprovar o reajuste.

Atualmente a passagem de ônibus em Marabá custa R$ 2,00, preço que se mantém há quatro anos. O Executivo Municipal tem em mãos várias propostas, que vão desde R$ 2,93, apresentada pelas empresas que exploram o serviço; R$ 2,70, que foi a proposta da Secretaria Municipal de Planejamento; R$ 2,60, que é o preço apresentado pelo conselho; e os estudantes com representação no conselho propuseram manter o valor atual R$ 2,00.

Os estudantes lembram que o reajuste da tarifa deve respeitar a Lei Orgânica do Município (LOM) de Marabá que no artigo 197, inciso IV, diz que: “é responsabilidade do poder público pelo transporte coletivo, considerado de caráter essencial, assegurado mediante tarifa condizente com o poder aquisitivo da população e garantia de serviço adequado ao usuário”.

Para justificar a manutenção da tarifa nos atuais R$ 2,00 os estudantes exemplificam o caso de um usuário que ganhe R$ 724,00 por mês, pagando em média 4 passagens por dia, terá um gasto médio de R$ 240,00 por mês. Ou seja, gastará 33% do seu salário só em passagens. Com a proposta de aumento para 2,93, este mesmo usuário deverá gastar R$ 351.60, o que representa um gasto de 48% do salario.

(DOL, com informações de Chagas Filho/Marabá)

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