Encerra hoje (12), no Hangar Centro de Convenções, a VI Conferência dos Advogados do Estado do Pará, realizado a cada três anos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA). Com o tema “Constituição Democrática e Efetivação dos direitos na Amazônia”, o evento recebe grandes nomes do âmbito jurídico nacional e internacional para discutir e atualizar ações da Ordem destinadas aos advogados, assim como toda a sociedade.

Durante os três dias de Conferência, cerca de dois mil profissionais da advocacia estiveram presentes, entre eles advogados e professores universitários, alunos do curso de Direito de diversas faculdades da capital, além de profissionais de outras áreas. Para o Presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, “As Conferências da OAB aproximam o judiciário a se atualizar para ser o mais perto da vanguarda. Temos aqui profissionais que são referências não só no Brasil, como no mundo todo”, disse ele.

Neste ano, temas como a mudança do artigo 5º da Constituição Brasileira, defendido pelo Doutor em Ciências Jurídico-Políticas, Jorge de Miranda; e novas leis para proteção a vida da mulher, que cada vez mais vem ocorrendo o “feminicídio”, apresentado pela Dr. Luana Thomas, entre outros diversos ramos do direito, como o direito ambiental, criminal, previdenciário, são apresentados. De acordo com Vasconcelos, o evento traz assuntos problemáticos de ponta e que são pouco discutidos. “Temos aqui mesas que discutiram sobre o feminicídio, os indicativos de assassinatos a advogados brasileiros, escravidão e direitos humanos, que são situações que estão acontecendo e que não tem maiores discussões”, explica.

Um dos mais renomados advogados criminalistas do mundo, Dr. Antônio Carlos de Almeida Castro, do Distrito Federal, pontuou as dificuldades do processo criminal atualmente. “Hoje em dia, alguns advogados não podem ter acesso ao processo do réu [cliente], o que é incondicional. Eu, como criminalista, preciso conhecer, olhar o réu que vou defender. Hoje, os processos não chegam ao fim”, disse ele.

Para a estudante do segundo semestre de Direito, Erika Alves, 21, esta é uma importante oportunidade de ter contato com os profissionais, mesmo que desde cedo. “É importante porque é um complemento do que aprendemos na faculdade”, declarou Erika.

(Diário do Pará)

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