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O BRT de Zenaldo ficou só na promessa

O sol ainda nem raiou e as paradas de ônibus de Belém e Região Metropolitana estão tomadas por homens e mulheres de todas as idades, que dependem do transporte público diariamente para locomoção. Quando o coletivo se aproxima, rapidamente as pessoas corre

O sol ainda nem raiou e as paradas de ônibus de Belém e Região Metropolitana estão tomadas por homens e mulheres de todas as idades, que dependem do transporte público diariamente para locomoção. Quando o coletivo se aproxima, rapidamente as pessoas correm e se empurram para tentar garantir um lugar no disputado veículo.

Quem consegue entrar e seguir viagem vai em pé, apertado, e muitas vezes se equilibrando nas escadas que dão acesso às portas. Todos reclamam da falta de um transporte rápido e confortável e lembram da promessa de Zenaldo de construir o BRT em Belém. Mesmo com a lotação completa, os motoristas param e levam mais passageiros, que se arriscam para conseguir chegar ao seu compromisso. A empregada doméstica Rita de Cássia Assis, de 56 anos, mora no bairro Parque Verde e todos os dias está na parada, na avenida Augusto Montenegro, próximo ao Mangueirão, às 6h30.

“Pego serviço às 8h, mas depois das 6h já estou no ponto para pegar o ônibus. Todos os dias eles estão superlotados e vamos parece sardinhas dentro de uma lata”, desabafou. Quem trafega pela avenida Augusto Montenegro de Icoaraci até a Almirante Barroso verifica pontos de ônibus sem nenhuma estrutura, e até mesmo sem placa que identifique o local, com dezenas de pessoas e os coletivos superlotados. Cenas de passageiros fora dos ônibus, mesmo ele em movimento, e outros se espremendo no abafado veículo, sem quaisquer condições para uma viagem segura, também são comuns. Mães com crianças de colo, idosos, grávidas e deficientes físicos que dependem do transporte público não têm escolha e são obrigados a entrar nos veículos cheios. Em outro ponto da avenida, já no bairro do Mangueirão, Margarida Alves, de 72 anos, esperava o ônibus na manhã de ontem.

“Vou ao médico que fica em Nazaré, ele começa a atender depois das 8h e, por isso, sou obrigada a pegar ônibus de manhã, que nem o pessoal da prioridade tem vez. Vamos em pé e bem apertados”, contou. Mesmo sabendo da realidade dos transportes públicos, ela ainda busca ser respeitada. “Aqui no Brasil é assim. Idoso é desrespeitado. Deveria ter uma fiscalização mais severa para que isto não ocorresse. Nós temos direito de usar um transporte de qualidade”, concluiu.

Seguindo pela avenida, no ponto próximo ao posto do bairro da Marambaia, a situação também é complicada. A aposentada Noemia Brito, de 71 anos, tem diversos problemas de saúde. Ela mora no conjunto Gleba II e faz tratamento médico no hospital, na Alcindo Cacela. A idosa tem uma deficiência no joelho esquerdo e se locomove com ajuda de um andador. Ela é obrigada a pegar ônibus alguns dias da semana pela parte da manhã. “Quando não estou com meu neto, vou sozinha. É muito difícil pegar ônibus com andador. Eles estão sempre cheios. Tenho sorte que as pessoas me dão lugar na frente para sentar. Mas só entrar nele já é um sufoco”, disse.

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(Diário do Pará)

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