As marcas ainda latejam nas lembranças de quem esteve na mira da violência da série de assassinatos que chocou Belém no começo do mês. Entre a noite do dia 4 e a madrugada do dia seguinte, nada menos do que 11 pessoas foram atingidas, 10 delas morreram na hora. 

Nos bairros da Terra Firme e do Guamá, onde ocorreu a maior parte dos assassinatos, a rotina dos moradores está aliada ao medo. Mesmo algumas instituições se mobilizando para cobrar providências, há exatamente três semanas as famílias continuam sem respostas do sistema de segurança pública do Estado.

OAB

A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará (OAB/PA) vem desde aquela data cobrando da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup) uma resposta ao massacre. 

“Foi criada em negociação, uma comissão que a OAB faz parte, para acompanhar o desenvolvimento dos casos. Hoje nós recebemos diversas denúncias e as encaminhamos à Ouvidoria Pública e a Polícia Civil.

Esperamos obter o máximo de informações para chegarmos aos responsáveis pelos crimes. Hoje, a OAB presta apoio aos familiares e oferece acompanhamento jurídico a eles. Mesmo tendo três semanas do acontecido, ainda é cedo para saber mais indícios”, declarou a advogada Luanna Tomaz, da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará.

Já no dia 11, familiares e amigos das vítimas se reuniram em passeata para cobrar das autoridades providências severas no caso. A manifestação encerrou na frente da Assembleia Legislativa do Estado, onde as pessoas pediam por uma CPI para apurar o motivo e os responsáveis pelos crimes.

(Diário do Pará)

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