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As mais originais e antigas casas do comércio

Situada em meio à movimentação fervilhante do Centro Comercial de Belém, o tempo que transita no interior do casarão revestido de mármore português parece atender a um compasso diferente. Sob os pés de quem adentra a Paris N’América, loja de tecidos em

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Situada em meio à movimentação fervilhante do Centro Comercial de Belém, o tempo que transita no interior do casarão revestido de mármore português parece atender a um compasso diferente.

Sob os pés de quem adentra a Paris N’América, loja de tecidos em atividade desde meados de 1870 na rua 13 de Maio, o piso de azulejos contrasta com o azul e o dourado, num desenho encantador. A loja comercial, que é uma das joias arquitetônicas da cidade, leva no nome o apelido que já foi destinado muitas vezes à própria Belém. É uma parte do passado da cidade que ainda se mantém vivo frente aos seus 399 anos.

Envolvida pelo cheiro de tecido novo, a visita à tradicional loja não passa despercebida por quem tem o privilégio de trabalhar em meio à beleza do prédio. Atentos a quem chega, por entre os tubos de tecido espalhados por todo primeiro piso da loja, as conversas entre vendedores e clientes não poderia ser mais branda. “É só isso, meu amor?”.

Habituada ao tratamento e o clima tranquilo que se dissipa da porta da loja para fora, a aposentada Nazaré Dias da Silva encontra por lá muito mais do que um pedaço de seu cotidiano. Cada vez que a senhora de 68 anos volta ao local, deixa também parte de sua história. “Essa loja é especial, é linda. Se um dia acabarem com isso aqui, Belém morre”, enfatiza.

“Eu sustentei a minha família, eu e minha filha, do trabalho como costureira e eu sempre vim aqui. Eu venho aqui desde que a minha filha era pequenininha e hoje ela já está com 36 anos”.

Situada à beira do primeiro degrau da desenhada escadaria que se impõe no centro do salão, o olhar de Alessandra Cardoso, filha de Nazaré, é imediatamente erguido ao topo. Acompanhando as curvas que se desenrolam em forma de corrimão, a visão só repousa diante o teto igualmente belo do piso superior.

“Eu ficava encantada com a escada [quando criança]. Lembro que nunca sabia se podia subir ou não”, relembra a assistente social, quase ao mesmo tempo em que uma foto é feita nos degraus. Como diante de um cômodo da própria casa, o retrato da família no local já era esperado há muitos anos. “Meu sonho sempre foi fazer uma foto nessa escada”, menciona a mãe.

TRADIÇÃO

Mantendo a mesma utilidade ao longo de vários anos, a resistências de antigas lojas se estendem por Belém não apenas entre o aglomerado do Centro Comercial, mas também para além dele. Introduzidas em meio às novas lojas que vêm surgindo e se modificando ao longo do tempo, os comércios tradicionais também ajudam a contar a história da cidade.

Em funcionamento desde 1906, a Casa Salomão também já faz parte do cenário na avenida Magalhães Barata. Mantendo antigos armários e balcões de madeira, a impressão criada dentro da loja é a de que é possível encontrar de tudo naquele mesmo espaço.

“Quando eu procuro uma coisa que sei que é difícil de encontrar, eu venho aqui. Eu já chego e já procuro os atendentes de sempre. Aqui são amigos, atendem bem”, atesta o marítimo Romeu Riker Pereira. “Adoro essa loja. Eu venho aqui há mais de 50 anos. Isso aqui já é relíquia de Belém”, sorri.

(Diário do Pará)

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