A versão preliminar do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação de grupos de extermínio e de milícias no Pará será apresentado na próxima sexta-feira (23).

Mesmo sem a versão definitiva do relatório, que será apresentado no próximo dia 30, na Assembleia Legislativa do Estado, a CPI já adiantou que era certa a participação do cabo Antônio Figueiredo, o Pet, da Polícia Militar, como membro de um grupo de extermínio na periferia de Belém.

"Temos a clara convicção de que o Cabo Pet comandava um grupo de extermínio, que agia como justiceiro e cobrava taxas diferenciadas de famílias e empresários, oferecia serviços de segurança privada, quase como uma imposição, pois quem se recusasse teria a casa invadida ou assaltada", disse o deputado Edmilson Rodrigues (Psol), autor e membro da CPI.

Nesta quarta-feira (21), a CPI realizou um seminário aberto ao público, que teve como objetivo apresentar o referencial teórico normativo da CPI e trechos de análises feitas sobre o programa de proteção a vítimas, testemunhas e defensores e também o papel da mídia no tratamento das notícias de temática da segurança pública.

ASSASSINATOS 

A CPI foi motivada pela chacina realizada em bairros periféricos de Belém, na noite de 4 de novembro do ano passado. Dez pessoas foram assassinadas em ato que seria resposta à execução do cabo Pet, da Polícia Militar. Suspeita-se que as mortes foram realizadas por um grupo de extermínio que conta com a participação de militares.

(DOL)

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