No último dia 20, a ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Criminal divulgou um estudo relacionado ao ano de 2014, no qual Belém figura na 18ª posição entre 50 cidades que estão no ranking das mais violentas do planeta.

Foram 1.130 homicídios registrados apenas no ano passado. Além disso, Belém aparece com a nona cidade mais violenta do Brasil. A capital paraense saltou cinco posições em relação ao estudo divulgado em 2013, onde figurava na 23ª posição no mesmo ranking.Para o especialista em segurança pública, Ronald Portal, falta mais investimentos em políticas de públicas de prevenção à violência e, também, o envolvimento da sociedade em geral para que as medidas funcionem efetivamente.

“A violência é um problema que aflige não só Belém, mas o Brasil e o mundo. Mas, falando especificamente de Belém e do Estado, a segurança é vista como um elemento isolado nas políticas públicas. Já se tentou, mas não se conseguiu implementar uma gestão integrada de segurança pública com toda a sociedade envolvida, não se limitando apenas ao policiamento”, explica.

O especialista diz ainda que a tendência é a violência crescer cada vez mais. Por isso, cada um deve fazer sua parte. “O que falta é a prevenção. A educação precisa melhorar.

Os jovens também não têm opção de lazer em Belém, então a juventude fica limitada. A nossa constituição diz que garantir a segurança é responsabilidade de todos, então as autoridades deveriam ampliar as políticas de segurança públicas. As que temos hoje são muito pequenas em relação à grande demanda.

A população também precisa desenvolver projetos sociais nos seus bairros e comunidades. A comunidade deve se unir às igrejas e proporcionar momentos de lazer.

Hoje, as pessoas estão muito isoladas uma das outras e isso contribui para a violência. Cada um deve fazer sua parte e também buscar a espiritualidade e ter Deus no coração”, orienta.A respeito das reclamações sobre a insuficiência de policiamento em alguns bairros da cidade, a reportagem do DIÁRIO solicitou nota de esclarecimento à assessoria da Polícia Militar do Pará. Até o fechamento desta edição não houve retorno.

(Diário do Pará)

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