O aposentado Pedro Patrocínio de Medeiros, de 74 anos, está internado no Hospital de Clínicas há dois dias e precisa urgentemente fazer um cateterismo.
O paciente sofreu um infarto agudo na última terça-feira e precisou ser atendido às pressas no Pronto-Socorro da 14 de Março.
O exame é realizado em situações de emergência para detectar a exata localização da obstrução que está causando o infarto.
O caso foi encaminhado para o HCGV com a recomendação médica de proceder ao atendimento especializado com urgência, considerando o estado grave em que o paciente se encontrava.
Apesar da urgência, o cardiologista que atendeu o aposentado no hospital informou à família que a previsão da cirurgia é somente para o próximo sábado, 21.
A razão é a falta de leitos para a demanda de pacientes. Os funcionários teriam informado à família que existem somente nove leitos para atender pacientes cardíacos.
Enquanto isso, Pedro permanece sobre uma maca no corredor do hospital. O paciente é hipertenso e reclama de dores fortes no peito e nas costas. Assim como ele, pelo menos outros seis idosos cardíacos estariam passando pela mesma situação. Revoltada, a família teme que o pai não consiga resistir até o dia da cirurgia.
“É uma falta de respeito com pessoas idosas, que precisam de ajuda. Meu pai não pode esperar tantos dias, temos medo que ele não sobreviva até lá”, reclama Jean Márcio Medeiros, filho de Pedro.
A reportagem tentou contato sobre os dois casos com a assessoria do Hospital Gaspar Vianna, mas não obteve retorno.
(Diário do Pará)
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