Na manhã de ontem (01), o ministro da Pesca e Aquicultura, Helder Barbalho, esteve novamente visitando os municípios do Pará. Desta vez, Helder foi ao município de Cametá, e percorreu o rio Tocantins para participar da abertura da pesca do mapará, peixe mais apreciado na região do Baixo Tocantins, tanto por famílias ribeirinhas quanto pela população urbana.

Com o ministro estava a deputada federal Simone Morgado, os deputados estaduais Francisco Melo (Chicão) e Iran Lima, além do prefeito de Cametá, Irácio Nunes.

A prática já virou uma tradição que passa de geração em geração por pescadores dos municípios de Limoeiro do Ajuru, Mocajuba, Igarapé-Miri e Cametá, todos situados na região do Baixo Tocantins, considerada uma das mais tradicionais da Amazônia, formada predominantemente por populações ribeirinhas.
No evento, os pescadores realizam o tradicional método do “borqueio”, que nada mais é do que uma das técnicas de captura de peixes. O cardume é localizado para fazer um cerco com duas grandes redes e, assim, aprisionar o mapará. O termo “borqueio” seria “bloqueio” na linguagem local.

Benedito Xavier, 65, trabalha há mais de 50 anos pescando no rio Tocantins e diz que todos os anos o “borqueio” é esperado pelos trabalhadores da região. Disse ainda que pela primeira vez um ministro da Pesca tem interesse em prestigiar o evento. “Este ato do ministro mostra a importância de ter um paraense no ministério, que se preocupa com as atividades pesqueiras do Estado”, afirmou.

PESCADO

Após um longo dia de captura, os peixes são divididos em grupo, inclusive para as famílias das comunidades locais que não participam da ação. Cerca da metade do resultado pertence ao “dono” da rede, que também cumpre a função de “taleiro”. O restante é distribuído entre os demais moradores.

“A pesca assume a feição de uma verdadeira congregação entre os pescadores e famílias ribeirinhas. Sem dúvida o sucesso da pescaria resulta em um caráter festivo para todos os que dela participa”, disse o prefeito de Cametá, Irácio Nunes.

Segundo Helder Barbalho, atividades como esta serão cada vez mais valorizadas por parte do ministério. “Participei ano passado do evento e é uma alegria imensa voltar mais uma vez. Hoje levo para Brasília a certeza que a prática do “bloqueio”, a prática da pesca artesanal, precisa ser cada vez mais valorizada. E esta é uma orientação da presidenta Dilma (Rousseff), de ter um olhar atento ao pescador, construindo políticas públicas que possam garantir condições de trabalho, de vida e de sustento garantido”, disse o ministro.

“Sem dúvida alguma a pesca do mapará já é uma tradição e cabe a mim, na posição de ministro paraense, prestigiar este evento no momento em que o pescador artesanal retorna a sua atividade e pode estabelecer esta importância econômica”, concluiu Helder.

Veja mais na reportagem da RBA TV:

(Diário do Pará)

MAIS ACESSADAS