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Petições pedem mais segurança em ciclovias

Inaugurada há mais de um ano, a via expressa ainda causa discussões na população da Região Metropolitana de Belém. As ciclovias do local, que foram mal planejadas desde seu início, seguem atraindo a atenção de parte da população, principalmente pela falta

Inaugurada há mais de um ano, a via expressa ainda causa discussões na população da Região Metropolitana de Belém. As ciclovias do local, que foram mal planejadas desde seu início, seguem atraindo a atenção de parte da população, principalmente pela falta de segurança na área.

Cansados de esperar pelo poder público, algumas pessoas e organizações decidiram fazer petições públicas via internet para tentar contribuir com a melhoria na segurança no local. Uma das petições que pode ser assinadas on line é a "Segurança contra assaltos na Av. Almirante Barrosto (BRT)".

Segundo membros da organização Ciclo Belém, os assaltos a ciclistas na via se tornaram uma triste rotina. "São frequentes os assaltos a ciclistas e pedestres pela cidade, principalmente na avenida Almirante Barroso. Todos os ciclistas que conheço já foram roubados. Estou falando só de gente que conheço. Você imagine a frequência real que isso deve ter”, destaca Zalan Lima, co-fundador do grupo Ciclo Belém e analista de sistemas.

Às pressas, trechos das calçadas da Almirante Barroso foram transformadas em ciclovias nos primeiros meses de 2014. Foto: Alzyr Quaresma/Diário do Pará

Por conta destes problemas, as reivindicações do grupo são as seguintes:

1. Policiamento ostensivo no mínimo até as 0h, com viaturas visíveis espalhadas pelos 6Kms da avenida Almirante Barroso;

2. Policiamento ostensivo também na ciclovia do BRT e ajdacências, por meio de policiais em bicicletas (como já é feito pela PM na Praça da República);

3. Atendimento 24h aos cidadãos na Delegacia do Marco (alguns casos relatados dizem que só há atendimento até 18h);

4. Disponibilizar informação sobre bicicletas apreendidas e/ou recuperadas pelas Polícias em sistema "online", com fotografias das mesmas;

5. Firmar parceria com a comunidade "CicloBelém" e com outros colaboradores congêneres, através de reuniões, debates, audiências, monitoramentos, mecânismos ou ferramentas “online” com os órgãos de segurança pública competentes, afim de iniciar e fomentar interação, circulação de informação e estratégias, utilizando os dados colhidos sobre furtos e roubos coletados pelos ciclistas e pelos demais agentes e usuários, e dispostas em www.ciclobelem.com/bike-roubada e demais meios de comunicação em massa, previamente cadastrados e participantes da cooperação conjunta, podendo assim traçar estratégias de atuação para os órgãos de segurança.

Além da insegurança, a inauguração da ciclovia da via expressa foi marcada por alagamentos. Foto: Twitter/@afernando

“Tivemos um amigo assaltado no fim do ano passado na ciclovia do BRT, com arma de fogo. Ele foi à delegacia a 200m dali e às 19h ela não estava funcionando. Segundo o único funcionário presente, eles só funcionavam até 18h! Como se bandido só "trabalhasse" em horário comercial. Aquele quarteirão do Bosque é uma zona crítica e fica a quadra da delegacia do Marco”, desabafou Zalan.

Ações não foram atendidas

No dia 21 de novembro do ano passado, cerca de 200 ciclistas da região metropolitana de Belém participaram do “Ato público contra assaltos aos ciclistas no BRT + segurança!”. O evento ocorreu em frente ao Mercado de São Brás, em Belém e marcou também o lançamento do site da Ciclo Belém, onde o ciclista poderá registrar as informações do seu veículo roubado.

Semanas depois, em dezembro, representantes do movimento e também da Bicicletada Belém reuniram com o comandante da Polícia Militar, coronel Leno Carmo, o delegado da Polícia Civil, Paulo Renato, o diretor operacional do Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), Valter Aragão e com a delegada Silvia Rego, que representou a Secretaria de Segurança do Estado (SEGUP) para pedir mais segurança na avenida Almirante Barroso. Meses depois, nada mudou.

Acidentes com ciclistas na via expressa não são raros. Além deste risco, há também de assaltos. Foto: Luana Taveira/DOL

Além das preocupações com os pertences, a insegurança prejudica até mesmo o hábito saudável. "Utilizo a bike tanto para lazer quanto para ir e vir do trabalho. A frequência era diária, até que também fui assaltado. De lá pra cá utilizo a bicicleta cada vez menos na cidade por causa da insegurança", lamentou Zalan.

A reportagem do DOL entrou em contato com a Prefeitura de Belém, com a Segup e Polícia Militar para saber se alguma providência será tomada para melhorar a segurança na via expressa.

Por nota, a Polícia Militar informou que "intensificou a 'Operação Corredores Viários', que consiste na distribuição de viaturas em locais estratégicos ao longo das vias, com destaque para a avenida Almirante Barroso e e em horários de maior fluxo".

Ainda de acordo com a PM, participam desta operação efetivo e viaturas de diversos Comandos, "principalmente próximos às paradas de ônibus de maior presença de pessoas", e que "as pessoas podem denunciar atitudes suspeitas pelo Disque Denúncia (181), em caso de emergência, acionar o 190 (Ciop) e sempre que for vítima de algum crime fazer o devido Boletim de Ocorrência nas unidades da Polícia Civil e jamais reagir".

(Enderson Oliveira/DOL)

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