Os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) paralisarão as atividades na quarta-feira (15) por 24 horas. A decisão foi tomada em assembleia geral da Associação de Docentes da UFPA (Adufpa), na manhã desta terça-feira (14), e faz parte do Dia Nacional de Paralisações para combater o Projeto de Lei (PL) 4330 - que permite a terceirização indiscriminada - e as Medidas Provisórias (MP) 664 e 665 - que retiram direitos dos trabalhadores, como o seguro-desemprego e a pensão por morte.

Para marcar a paralisação, os docentes participarão de um ato público a partir das 09h, na Praça da República, no centro de Belém. A manifestação, cuja expectativa é lotar as ruas da capital paraense, deve contar com a participação de diversas categorias do serviço público federal, juventude, movimento popular e professores da Uepa e da rede estadual de ensino, que estão em greve. 

Durante o ato, a ADUFPA, juntamente com o Comitê Estadual em Defesa da Escola Pública, deve lançar a cartilha com a sistematização do Encontro Nacional de Educação, ocorrido em agosto de 2014, que contém as propostas de diversos segmentos para combater a precarização e mercantilização da educação no Brasil. 

O Dia Nacional de Paralisações foi convocado na última quinta-feira (09), durante a reunião ampliada do Fórum das entidades dos servidores públicos federais, que ocorreu no final da Jornada Nacional de lutas ocorrida em Brasília (DF).

No mesmo dia, cinco centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, decidiram realizar o dia de paralisação contra os três projetos que retiram direitos dos trabalhadores.

As MP's 664 e 665 ainda não foram apreciadas pelo Congresso, mas o PL 4330 foi aprovado na Câmara no dia 08 de abril, porém, ainda é necessária a aprovação no Senado e, posteriormente, da presidente Dilma Rousseff.

Caso o PL seja aprovado em definitivo, as universidades federais poderão terceirizar, inclusive, a contratação de professores. 

Para a diretoria da ADUFPA, "o Projeto de Lei é grave e precisa de uma resposta à altura dos trabalhadores, pois significa uma verdadeira reforma trabalhista, passando por cima da Constituição."

(DOL com informações da ADUFPA)

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