Pesquisa aponta supermercados com menor preço

Há algum tempo o aposentado Evaldo da Silva Bryto, 78 anos, deixou de fazer compras no supermercado apenas uma vez ao mês. Assim como muitos consumidores, ele enchia o carrinho e passava quase uma hora no caixa para pagar tudo.

Na manhã de ontem, em um supermercado na avenida Duque de Caxias, o aposentado tinha em mãos uma lista seleta de produtos. Nela, apenas o que julgava necessário para garantir a semana.

A lista contém cerca de 70 itens, entretanto, só vai para o carrinho o que está marcado pela caneta. Ou seja, cerca de 40 produtos entre arroz, feijão, tomate, batata, tempero, papel higiênico, leite e açúcar. “Venho ao supermercado uma vez por semana. Nem sempre sou frequente. Já foi o tempo que fazia compras para o mês todo. Parei em função da situação financeira pela qual passa nosso país, que está só aumento’’.

CUSTO

A dona de casa Marilza Farias, 41 anos, recordava que há cinco anos atrás, levava na bolsa R$ 100 para as compras, que duravam duas semanas. Hoje, a mesma quantia de dinheiro não é suficiente. “Senti que a carne, o arroz e o feijão estão bem mais caros. Eu compro logo de muito, uns três quilos para durar o suficiente por duas semanas. Eu não abro mão das marcas conhecidas. Há uns cinco anos gastava uns R$ 100, hoje gasto uns R$ 250. De lá pra cá aumentou muito’’.

Em 13 de janeiro deste ano, o DIÁRIO percorreu cinco supermercados diferentes – Cidades, Formosa, Líder, Nazaré e Yamada -nos bairros do Marco, Pedreira e Fátima, em Belém, para mostrar que, embora mínima, existia diferença de preço entre um e outro supermercado, ao comercializar alimentos da mesma marca. Ontem, o DIÁRIO visitou novamente os estabelecimentos e constatou mais uma vez a diferença nos preços.

No Supermercado Cidade, o óleo Soya de 200 ml está R$ 2,99, no Yamada custa R$ 3,29. São R$ R$0,30 de diferença. O papel higiênico Floral com oito rolos sai por R$ 5,37 no Formosa, Líder, Nazaré e Yamada. Só no Cidades que está R$ 4,19. Em compensação, o macarrão Ricosa do Cidades é o mais caro, R$ 2,10, enquanto que o Yamada vende por R$ 1,75; Líder, R$1,95; e Nazaré, R$ 1,96.

Ao comparar os preços de janeiro com maio, há diferenças de R$ 1,00 em uma cuba com seis ovos e R$ 0,60 no arroz Tio João.

(Diário do Pará)