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Encontro debate atuação de milícias

A fragilidade no sistema de segurança pública do Pará facilitou a existência das milícias e alimenta este tipo de crime. Esta é uma das conclusões do estudo “Narcoterritórios, milícias e instituições: a difusão da violência urbana na periferia de Belém”,

A fragilidade no sistema de segurança pública do Pará facilitou a existência das milícias e alimenta este tipo de crime. Esta é uma das conclusões do estudo “Narcoterritórios, milícias e instituições: a difusão da violência urbana na periferia de Belém”, feito pelo especialista em segurança pública Aiala Couto, que examinou dados sobre a existência de milícias no Estado em estudos iniciados em 2008.

A atuação das milícias no Pará foi tema de um debate realizado, na tarde de ontem, pela editora e livraria do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea), da Universidade Federal do Pará (UFPA), voltado sobretudo para os estudantes.

O resultado de 44 dias de trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou a existência de milícias no Pará e que gerou um relatório de 200 páginas, segundo o relator, o deputado Carlos Bordalo (PT) indicou a existência de duas milícias na Região Metropolitana de Belém e uma no interior do Estado. Além dessas, foram reunidas características de indicativos de outras milícias que poderiam estar se estruturando.

“O ambiente que produz a milícia é destituído de condições básicas de vida e sobrevivência. No caso de Belém, as milícias florescem em territórios destituídos de cidadania, áreas densamente povoadas, que oferecem condições propicias para o desenvolvimento de ações criminosas por parte de grupos, que iniciam muitas vezes com a venda de proteção e que se desenvolvem na direção de explorar negócios lucrativos, de proteção ao tráfico de drogas, de proteção a esquemas de assaltos”, disse Bordalo.

MILITARES

Outra conclusão, segundo o relator da CPI, é de que as milícias no Pará são essencialmente militares. “São um fenômeno militar, que nascem no interior da corporação, a partir de determinados militares que têm notoriedade e certo poder de atratividade, de coesão e de comando sobre outros e que em determinadas áreas da cidade se constituem em heróis do povo, em referências de proteção. E com isso angariam todo um conjunto de proteção e também com o medo que disseminam passam a controlar o
território.”

Para Bordalo, o Estado deveria tomar para si a responsabilidade da proteção dos indivíduos como prioridade. “O sistema de segurança pública do Estado está ainda a dever uma resposta à sociedade e às famílias pela chacina dos dias 4 e 5 de novembro (foram assassinadas 11 pessoas). Isso é responsabilidade da polícia, do Ministério Público. Essa impunidade é, talvez, o que leva ao agravamento da segurança pública. Infelizmente o Estado e o comando das forças policiais não têm revelado disposição para enfrentar esse estado de coisas. Eles preferem fingir que não existe e quem paga caro é a população, porque todos os dias a gente vê crescer o nível de violência, de criminalidade e de apreensão que as pessoas passam todos os dias, em Belém e no Pará.”

O DIÁRIO não conseguiu contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup).

(Diário do Pará)

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