Para comer farinha de mandioca, item que não pode faltar na mesa dos paraenses, o consumidor está pagando mais caro. Uma pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), mostra que em janeiro houve um reajuste de 24% no valor do produto, em Belém. Nas feiras e supermercados da cidade, o item era vendido em dezembro de 2015 por R$ 4,37, já em janeiro o preço saltou para R$ 5,43.
O Dieese/PA aponta que em fevereiro a tendência de elevação no preço do produto ainda é considerável, visto no que foi pesquisado nas três primeiras semanas deste mês. A farinha comercializada em Belém é a mais cara entre todas as capitais da região Norte do País, sendo que o Pará é o maior produtor de mandioca do Brasil. No mês de janeiro, a cesta básica comercializada em Belém, custava cerca de R$ 374,50, comprometendo quase metade no atual salário mínimo, que é de R$ 880,00. As altas sucessivas nos preços da alimentação são responsáveis por deixar a capital paraense entres as cidades com o custo de vida mais alto do Brasil.
A comparação feita pelo Dieese foi através do levantamento dos preços de bens alimentícios em todas as capitais brasileiras, através da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2008/2009, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), considerando as famílias de um a três salários mínimos. Segundo Dieese, somente no início deste ano, 12 produtos da alimentação do paraense tiveram uma alta acumulada de preço de 6,41%. Já a farinha de mandioca teve a alta de 1,51% em relação à inflação.
O produto mais consumido na Grande Belém vem dos municípios de Castanhal, Capanema e Bonito. A média do consumo mensal da farinha de mandioca por trabalhador no Pará é de 3 Kg, que somados no mês de janeiro somam o total de R$ 16,29 por pessoa. Já em dezembro de 2015 o gasto era de R$ 13,11.
(Roberta Paraense/Diário do Pará)
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